Nasce primeira criança do Príncipe Herdeiro da Jordânia; por ser menina, ela não tem direito ao trono
3 de agosto de 2024
Nasceu hoje, 03 de agosto, a primeira criança do Príncipe Herdeiro da Jordânia, Al Hussein, e sua esposa Rajwa. A menina se chama Iman (Princess Iman bint Al Hussein bin Abdullah II; em português Princesa Iman filha de Al-Hussein filha de Abdullah II; veja as fotos aqui) e não tem o direito de susceder seu pai no trono, já que no reino da Jordânia vale a Lei Sálica estrita, que não permite que mulheres se tornem chefes de estado.
As boas novas foram divulgadas pela avó paterna, a rainha Rania da Jordânia, a consorte do Rei Abdullah. Nas redes sociais ela divulgou fotos da família com a menina na maternidade.
O casal se casou em 1º de julho de 2023, quando a nata da realeza mundial esteve em Amã para participar da boda no Palácio de Zahran. Entre os presentes estiveram o Príncipe William da Inglaterra e sua esposa Kate Middleton, que desde janeiro faz quimioterapia preventiva para curar um câncer, o Rei Guilherme dos Países Baixos com a esposa Máxima e a filha Amália, o Rei Philippe da Bélgica e sua filha e herdeira Elizabeth, o Rei e Frederick da Dinamarca e sua esposa Mary, a Rainha Jetsum Pema, consorte do Rei Jigme do Butão, a Princesa Herdeira Victoria da Suécia e seu marido e o Príncipe Herdeiro Haakon da Noruega.
A Lei Sálica estrita
Pela Lei Sálica estrita, mulheres não têm direito, nunca, de ascenderem como monarcas. Esta lei é aplicada nas monarquias árabe-muçulmanas, onde o papel da mulher é grandemente relegado a um segundo plano, mas também no Japão.
Assim, se Al Hussein nunca tiver um filho varão, será seu irmão mais novo Hashem que será seu sucessor e depois dele, seu filho varão mais velho. Se nem Hussein e Hashem tiverem filhos varões, a linha de sucessão poderá seguir pelos filhos e netos do Príncipe Faisal da Jordânia, tio mais velho de Abdullah - se bem que na Jordânia os monarcas têm certa liberdade para escolherem seu sucessor.
No Japão, que sofre uma crise devido à falta de homens jovens na Família Imperial, a Princesa Aiko, única filha do Imperador Naruhito, também é uma vítima da Lei Sálica estrita, já que será seu tio Fumihito e o filho deste, o jovem Hisahito, que ascenderão no futuro. Se Hisahito não tivesse nascido - há rumores de que Fumihito e Kiko, então já com 41 anos de idade, tenham sido pressionados para terem mais uma criança em meados dos 2000 - e não tendo homens jovens na Família Real desde a linhagem do avô de Naruhito, a Casa Imperial teria que buscar um herdeiro num antigo ramo da família - e justamente por isto se istalou a crise na monarquia japonesa, já que ainda há a possibilidade de no futuro Hisahito não ter filhos varões. A questão já foi, inclusive, debatida entre políticos, alguns dos quais são a favor de permitir que no futuro mulheres possam se tornar Imperatrizes.
A Lei Sálica não estrita
Na Lei Sálica não estrita mulheres podem ascender ao trono, mas não são a primeira opção. É o caso da Princesa Leonor da Espanha, que suscederá seu pai apenas por não ter um irmão mais velho. Na Lei Sálica estrita ela perderia o posto para seu primo mais velho, Felipe Juan.
Já em Mônaco foi exatamente o que aconteceu: a Princesa Gabriella nasceu minutos antes de seu gêmeo, mas foi Jaques que se tornou o Príncipe Herdeiro por ser o filho varão legítimo mais velho de Alberto.
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[editar | editar código-fonte]Fontes
[editar | editar código-fonte]- A rainha Rânia da Jordânia já é avó
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- Príncipe Hussein e princesa Rajwa da Jordânia foram pais pela 1
.ª vez — Notícias ao Minuto, 03 de agosto de 2024