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Apple muda para ARM e anuncia outras mudanças

Fonte: Wikinotícias

28 de junho de 2020

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Apple
Vista aérea do Apple Park, sede da Apple

Na segunda-feira (22), durante a palestra da WWDC 2020, realizada apenas com vídeos pré-gravados devido à pandemia de COVID-19, a Apple anunciou a transição de seus processadores para a tecnologia ARM, agora denominada Apple Silicon e desconectando portanto, da tecnologia Intel.

É a quarta transição importante da Apple, a terceira em relação aos processadores: primeiro houve da Motorola para os processadores PowerPC, depois do Mac OS 9 para o Mac OS X, a penúltima do PowerPC para o Intel e, finalmente, a transição atual.

O ex-engenheiro da Intel, François Piednoël, fez algumas declarações que poderiam explicar a transição. Ele disse que o controle de qualidade da arquitetura Intel Skylake era "anormalmente ruim" e que "nossos amigos da Apple haviam se tornado os primeiros a relatar problemas de arquitetura".

A Apple lançou um programa para desenvolvedores, a um custo de US$ 500, que inclui acesso ao software beta mais recente, fóruns particulares, todos os recursos técnicos, três consultas de suporte técnico e, acima de tudo, um DTK que, enquanto se assemelha ao Mac Mini, monta o processador ARM Apple A12Z Bionic, o mesmo que o iPad Pro mais recente.

Novidades

Durante a WWDC, foi anunciado o primeiro sistema operacional que suportará os ARMs no Mac, o macOS Big Sur. Foi definida como a maior atualização após o Mac OS X e seu número de versão, 11.0, também atesta. Assim, a era do Mac OS X termina oficialmente após 20 anos.

Big Sur tem de fato inúmeras mudanças no design e estilo. No entanto, ele só será compatível com Macbooks lançados a partir de 2015, MacBook Air e Mac Pro a partir de 2013, MacBook Pro a partir do final de 2013 em diante, iMacs e iMac mini a partir de 2014 em diante. Obviamente, os iMac Pros lançados em 2017 também são suportados.

Os novos ARMs para Mac poderão executar aplicativos iOS e iPadOS de forma nativa desde o primeiro dia e sem a necessidade de alterações na maioria dos casos, baixando-os na Mac App Store. Juntamente com o macOS Big Sur, também foram apresentadas as novas versões (14) do iOS e iPadOS.

Descontinuações

Um dos primeiros efeitos da transição é a impossibilidade de usar o Windows e macOS na inicialização dupla via Boot Camp. De fato, a Microsoft lembrou que as licenças do Windows 10 são vendidas apenas para OEMs (portanto, o sistema operacional está pré-instalado ou não) e Craig Federighi confirmou a informação dizendo que não será possível iniciar o computador diretamente de um outro sistema operacional.

O novo Mac não permite iniciar o modo de recuperação pressionando Command+R (⌘+R). Agora será possível acessar a recuperação do macOS apenas pressionando o botão liga/desliga. Caso não consiga, a ferramenta System Recovery do sistema oferecerá uma versão reduzida. Se essa ferramenta não estiver disponível, o usuário poderá conectar o Mac a outro que tenha o aplicativo Apple Configurator.

O modo disco de destino, que permite conectar seu Mac a outro e usá-lo como se fosse um disco rígido, também será preterido nos Apple Silicon Macs e introduzido um modo de compartilhamento que transformará o computador em um servidor SMB, com a possibilidade de acessar dados após autenticação.

Segurança

A ideia é oferecer mais flexibilidade e granularidade nas configurações de segurança, para que cada inicialização tenha suas próprias configurações de segurança. Será possível escolher entre segurança total (por padrão) ou segurança reduzida; o segundo permite carregar as extensões do núcleo e iniciar qualquer versão do macOS, mesmo não sendo mais desenvolvida pela Apple.

Rosetta executou as funções do emulador durante a transição do PowerPC para a Intel; o Rosetta 2 será seu sucessor. Quando os desenvolvedores terminarem o ajuste, o usuário poderá executar praticamente qualquer aplicativo que contenha a arquitetura Intel x86, incluindo compiladores just in time.

Isso exclui alguns conjuntos de instruções muito recentes e, acima de tudo, os programas de virtualização para sistemas operacionais ainda projetados para a arquitetura Intel x86.

Fontes