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Uribe chama líderes das FARC de "ladrões e bufões"

Fonte: Wikinotícias

Brasil • 4 de janeiro de 2006

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O Presidente colombiano Álvaro Uribe Vélez atacou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) usando duros adjetivos para se referir aos líderes do grupo subversivo. "Além de ladrões são bufões, além de seqüestradores são falastrões", disse o chefe do Executivo depois de a organização ilegal ter dado a entender que poderá recusar a realização de um acordo de libertação de prisioneiros, enquanto Uribe for Presidente.

As FARC emitiram um comunicado no final de dezembro dizendo o seguinte:

"Entendemos que (Uribe) em seu afã de explorar eleitoralmente uma iniciativa dos países facilitadores do acordo de troca, que ainda não conhecemos, lançou ao despenhadeiro todo um esforço diplomático. Ao mesmo tempo em que lamentamos esta atitude precipitada e passageira do Presidente, reconhecemos os bons esforços dos governos da França, Suíça e Espanha".

Uribe disse na terça-feira (3) que "o Governo segue com o empenho e a abnegação da força pública para derrotar o terrorismo". Ele criticou os guerrilheiros pelo facto de usarem o narcotráfico para financiar suas operações. "Esses bandidos se dedicaram a encher os parques naturais de drogas", disse Uribe.

Em 20 de janeiro, segundo anunciou o Presidente Uribe, terá início a eliminação manual de cultivos ilegais, cuja proliferação ao que parece é obra dos subversivos. Uribe, pessoalmente, dirigirá as primeiras operações de erradicação no parque Macarena, departamento de Meta.

Juan Carlos Lecompte, marido de Íngrid Betancourt, ex-candidata presidencial e uma das pessoas em poder das FARC, responsabilizou Uribe pelo fracasso das negociações: "Uribe não tem vontade política de fazer o intercâmbio humanitário. Vimos isso o quando em 13 de dezembro mostrou ao país, de uma maneira precipitada, os avanços que tinham conseguido a França, a Espanha e a Suíça". Lecompte compartilha a tese das FARC de que Uribe sofre de um "afã eleitoral".

Alguns familiares dos seqüestrados reagiram com moderada resignação à rejeição das FARC, pois confiam ainda nos trabalhos diplomáticos dos três países europeus, cujos embaixadores foram autorizados a reunir-se com os líderes do grupo insurgente nas próximas semanas para explicar a proposta. O ministro francês de Relações Exteriores, Philippe Douste-Blazy, anunciou que viajará nos próximos dias a Colômbia com o fim de reiterar o apoio de seu país no trabalho humanitário em favor dos reféns.

Ver também

Fontes

Nota: As categorias deste artigo foram atualizadas em 24 de agosto de 2006. Para maiores informações veja o histórico.