Covid-19: no Brasil, uso da CoronaVac em crianças volta a ser avaliado

Fonte: Wikinotícias

9 de janeiro de 2022

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) voltou a analisar o uso da vacina CoronaVac em crianças e adolescentes. Em nova reunião realizada na semana passada, a Agência ouviu o parecer de sua equipe técnica e de especialistas do Instituto Butantan, que envasa a vacina no Brasil, de técnicos do Chile, onde a vacina já é usada nestes públicos, e da Sinovac China, que produz o imunizante.

Também participaram de uma outra reunião representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI) e da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Falta de dados

O Butantan pediu autorização da Anvisa para liberação da CoronaVac para a imunização de menores de 18 anos em dezembro passado, mas à época a Agência cobrou mais dados, já que os relatórios entregues estavam incompletos.

Na semana passada, o Butantan apresentou estudos de efetividade feitos pela Fiocruz e a Agência declarou que os "dados apresentados foram discutidos e representam um avanço nos trabalhos".

Dados sobre a vacina estão incompletos e atrasados desde 2020, mesmo antes da liberação emergencial para uso em adultos no Brasil.

A CoronaVac já foi liberada pela OMS e está em uso em diversos países.

Problemas de eficácia

O Ministério da Saúde anunciou meses atrás que não voltaria a comprar o imunizante por considerar que ele tem baixa eficácia entre pessoas idosas.

Um estudo divulgado em agosto passado pela Fiocruz que comparou a CoronaVac com a vacina da AstraZeneca indicou que pessoas que receberam as duas doses da vacina AstraZeneca tiveram uma proteção de 72,9% contra infecção e 90,2% contra óbito, enquanto as imunizadas com a CoronaVac tiveram um risco de infecção 52,7% menor e 73,7% menos chances de morrer.

Porém, em pessoas idosas a diferença é bem maior: dos 80 aos 89 anos, a vacina AstraZeneca teve um índice de proteção contra morte de 89,9%, enquanto a CoronaVac apresentou 67,2%. Acima dos 90 anos, esses índices ficaram em 65,4% nos vacinados com AstraZeneca/Fiocruz e 33,6% nos imunizados com a vacina da Sinovac.

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Fontes