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Covid-19: AstraZeneca vai liberar mais 9 milhões de vacinas para a União Europeia

Fonte: Wikinotícias

31 de janeiro de 2021

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Depois de uma queda de braço com a União Europeia (UE), a AstraZeneca resolveu liberar 9 milhões de doses a mais da vacina ChAdOx1, que desenvolve em parceria com a Universidade de Oxford, aos países do bloco.

O anúncio foi feito hoje pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em seu Twitter. "A AstraZeneca entregará 9 milhões de doses adicionais no primeiro trimestre (40 milhões no total), em comparação com a oferta da semana passada, e começará as entregas uma semana antes do programado. A empresa também vai expandir sua capacidade de fabricação na Europa", escreveu.

O objetivo da UE - e seus 27 países-membros - é vacinar 70% de sua população, hoje de 446 milhões de pessoas, até o final do verão, o que equivale à imunização de cerca de 313 milhões de pessoas até meados de setembro.

Briga por vacinas

A confusão entre a UE e a AstraZeneca, cujo presidente disse que não tinha acordo para entregar uma quantidade determinada de vacinas agora, apenas um contrato de "melhor esforço", fez a UE determinar uma ordem de que todas as exportações de vacinas do bloco feitas por empresas com as quais tinha contratos, precisaria de autorização. A disputa foi chamada pela imprensa de "guerra das vacinas".

A posição da UE, de exigir mais vacinas, foi criticada por países emergentes e também não foi bem recebida na ONU (Organização das Nações Unidas). Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul e da União Africana, enfatizou que alguns países ricos adquiriram muito mais imunizantes do que sua população precisa e que isto agora exclui os países mais pobres de terem acesso às vacinas.

Segundo a Oxfam Brasil em dezembro passado, "os países mais ricos, que representam 14% da população global, já garantiram 53% de todas as vacinas mais promissoras até agora (suficiente para vacinar até três vezes suas populações!), enquanto 67 países em desenvolvimento – alguns dos quais estão entre os mais pobres do mundo – só terão vacinas suficientes para imunizar uma em cada dez pessoas em 2021".

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Fontes