Conta de e-mail incrimina Christian Brueckner na morte de Madeleine McCann; ele já era o principal suspeito

17 de junho de 2024

Alemanha
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O oficial Titus Stampa, numa rara fala das autoridades alemãs sobre o assunto, anunciou há alguns dias que a polícia alemã da cidade de Braunschweig havia descoberto uma conta de e-mail que liga o principal suspeito, o alemão Christian Brueckner, definitivamente ao desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann. Com esta conta ele teria enviado e-mails onde teria revelado como havia matado a menina. Segundo o The Daily Mirror, Stampa disse que os e-mails tinham conteúdo "relacionado ao assassinato".

Esta é uma das poucas vezes, também, que a polícia alemã usa oficialmente a palavra "assassinato", apesar de autoridades terem dito há alguns anos que acreditavam que a menina estava morta. "Os investigadores em Braunschweig recusaram-se repetidamente a revelar quais são as provas explosivas contra Brueckner", escreveu o The Daily Mirror.

O crime aconteceu em 3 de maio de 2007 em Portugal, quando a criança de três anos sumiu do quarto do hotel onde estava hospedada com os pais e dois irmãos menores na Praia da Luz, no Algarve. Na hora do desaparecimento, os pais jantavam no restaurante do resort com um casal de amigos e as crianças haviam sido deixada sozinhas no dormintório, apesar dos casais se revezarem para monitorá-las.

Por muitos anos, tanto a polícia portuguesa, quando a inglesa trabalharam para desvendar o caso, até que em 2017 uma denúncia anônima foi feita para a polícia da Inglaterra. A fonte foi depois encontratada. Tratava-se de Helge Busching, que viajou para Londres para dar seu depoimento e revelou que quando havia morado em Portugal, havia se tornado amigo de Brueckner e que numa conversa casual sobre o desaparecimento de Maddie, como era chamada, o suspeito havia dito que "ela não chorou".

Foi só em abril de 2022, no entanto, que a polícia alemã, que entrou na história devido ao suspeito ser alemão, confirmou que ele havia se tornado o principal suspeito do crime. Ele então cumpria pena de prisão e já tinha então uma longa ficha criminal, com condenaçãoes por roubo, tráfico de drogas e estupro.

Kate e Gerry McCann, os pais de Maddie, que chegaram a ser investigados como suspeitos após o crime, apoiaram em 2022 o indiciamento de Brueckner.