Saltar para o conteúdo

COVID-19: no Brasil, Ministro da Saúde Nelson Teich pede demissão

Fonte: Wikinotícias

15 de maio de 2020

Email Facebook X WhatsApp Telegram LinkedIn Reddit

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Foto meramente ilustrativa: Nelson Teich em abril

Nelson Teich, Ministro da Saúde do Brasil, pediu demissão pouco antes do meio-dia de hoje. Ele estava no cargo há apenas algumas semanas, desde o dia 17 de abril, após a demissão de Luiz Henrique Mandetta.

Desavenças com o presidente Jair Bolsonaro, que ontem falou que exigiria a mudança no uso da cloroquina, medicamento cuja eficácia não está comprovada contra COVID-19, quanto às estratégias de controle da pandemia de COVID-19 no Brasil estão por trás de sua saída.

Uma coletiva de imprensa está marcada para hoje à tarde.

Criação do Gabinete de Crise

Hoje cedo, às 8h27min, o Ministério da Saúde (MS) divulgou quem ontem se decidiu, junto com a (OPAS/OMS), pela criação do Gabinete de Crise. A nota veio assinada por Teich e dizia:

"No dia 14 de maio de 2020, reuniram-se o Senhor Ministro de Estado da Saúde, o Senhor Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), o Senhor Presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS) e a Senhora Representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil e decidiram a instituição do Gabinete de Crise para enfrentamento da COVID-19 no Sistema Único de Saúde (SUS). O Gabinete de Crise será o fórum de discussões estratégicas entre os três entes federativos para alinhar e decidir ações de monitoramento e mitigação da pandemia da COVID-19 no SUS. Haverá reuniões no Edifício Sede do Ministério da Saúde em periodicidade necessária para responder às demandas da pandemia, de forma célere e integrada.''

Crescimento da pandemia no Brasil

O Brasil deve atingir 15 mil casos fatais por COVID-19 entre hoje e amanhã, uma vez que o último número de óbitos anunciado ontem foi de 13.993 e a média diária de mortes nos últimos dois dias foi de 796 vítimas. O aumento expressivo de mortes de um mês para cá (eram 1.736 mortes no dia 15 de abril), se deve, em grande parte, à pouca adesão às medidas iniciais de contenção da doença, que foram o distanciamento e o isolamento social. Em relatório divulgado dias atrás, a Fiocruz alertou que "o distanciamento social sob ataques de diferentes grupos de interesse e da Presidência da República não avançou do modo necessário".

Repercussão nas redes sociais

Por volta das 13h30min, "#URGENTE", "O Brasil", "Nelson Teich", "#ACulpaÉDaChina" e "Ministro da Saúde" eram os cinco tópicos mais comentados na rede social Twitter (topic trends), todos relacionados com a saída de Teich.

Notícias Relacionadas

Fontes