Secretaria de Segurança Pública de SP contabiliza 78 ataques contra 93 alvos

Fonte: Wikinotícias
São Paulo, nova onda de crimes nesta quarta-feira.

São Paulo • 8 de agosto de 2006

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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo no seu último levantamento feito até a tarde de segunda-feira (7) contabilizou 78 ataques criminosos contra 93 alvos públicos e civis em todo o Estado de São Paulo. A organização criminosa conhecida como Primeiro Comando da Capital (PCC) é suspeita de estar por trás de uma nova onda de violência que começou na segunda-feira (7).

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, disse que os autores dos atentados estão fugindo do confronto com a polícia.

Ele pediu para a população usar os telefones 190 ou 181 para fazer denúncias anônimas. Ele disse ainda que a Polícia Militar triplicou o número de viaturas policias em ronda pelas ruas da cidade e anunciou que centenas de policiais militares à paisana estarão dentro dos ônibus que circulam pelas principais rotas das cidades.

Segundo o comandante da polícia ocorreram até agora 22 ataques contra ônibus, 12 contra postos de gasolina, 34 contra agências bancárias e caixas eletrônicos. No levantamento feito até a tarde de ontem, o coronel disse que foram presos 12 suspeitos, sendo 6 deles com antecedentes criminais, e outros dois morreram durante confronto com policiais.

Segundo algumas das últimas informações divulgadas pela imprensa paulista a polícia já prendeu pelo menos 14 suspeitos de participar dos ataques. Seis mortes foram contabilizadas, sendo que em quatro delas as vítimas foram identificadas como supostos criminosos.

Em Cotia um suspeito morreu depois de que policiais perseguiram três homens num Chevette que tinham acabado de atirar contra um posto policial. O suspeito que estava armado e era menor de idade foi alvejado mortalmente enquanto trocava tiros com os policiais.

Num outro caso, também em Cotia, dois homens arremessaram coquetel molotov e atiraram contra uma agência bancária. Os suspeitos foram identificados como Celso Alves da Silva e Fábio Santana de Souza e eles morreram depois de terem trocado tiros com os policiais. Ambos estavam cumpriam pena em regime semi-aberto (a pena é cumprida na prisão apenas para parte do dia) no Presídio de Franco da Rocha, da capital.

Novos ataques ocorreram durante a madrugada de segunda para terça. Na capital a situação foi mais tranqüila e os ônibus voltaram a circular. Já no interior do estado ocorreram ataques em pelo menos 17 cidades.

No começo da madrugada, por volta das 1h30, uma bomba foi jogada contra o departamento pessoal da Prefeitura de Miguelópolis. Um prédio da Igreja Internacional da Graça de Deus que fica próximo à Prefeitura foi incendiado.

Um coquetel molotov foi jogado contra a Câmara Municipal de Sumaré, por volta das 1h20. Um posto policial da Guarda Municipal de Piracicaba foi atacado à meia-noite. Foi relatado que um pelo menos um ônibus da cidade foi incendidado.

Em Hortolândia, três carros cercaram o o 2º Distrito Policial, às 22h30 de ontem e disparam tiros contra o prédio que estava fechado na hora do ataque. Segundo a imprensa, pelo menos outros três ataques ocorreram na cidade: um contra uma agência bancária, outro contra um ônibus e outro conta a residência de um guarda municipal.

Na cidade de Limeira, o prédio da Receita Federal, a Delegacia de Investigações Gerais e a TV Jornal de Limeira foram alvejados por tiros.

O caso mais grave na capitalocorreu na segunda-feira (7) quando uma bomba explodiu perto do prédio do Ministério Público Estadual, localizado no centro da cidade. Segundo a imprensa, a bomba foi acionada por controle remoto e explodiu por volta das 5h10. A explosão gerou uma cratera com cerca de 20 cm de profundidade. Um aparelho detector de metais, outro de raio-X que ficavam na parte da frente do prédio foram destruídos. Pelo menos parte do teto ruiu.

Ainda ontem, uma granada de uso exclusivo do Exército foi jogada próxima ao Poupatempo da Luz, no centro da cidade. O prédio já estava aberto para atendimento ao público quando isto ocorreu. Contudo ninguém feriu-se porque a granada, cujo pino havia sido puxado, falhou.

Fontes