Rei Felipe celebra seus 10 anos como monarca da Espanha

19 de junho de 2024

Espanha
Últimas notícias:

20 de junho de 2024: Rei Felipe celebra seus 10 anos como monarca da Espanha
17 de junho de 2024: Espanha: Rubiales será julgado em 2025 por beijo forçado em jogadora
8 de junho de 2024: Fenômeno meteorológico conhecido como "gota fria" atinge Península Ibérica
8 de junho de 2024: Chove lama em Portugal
7 de junho de 2024: Espanha prepara acolhimento e tratamento de 29 crianças de Gaza diagnosticadas com câncer

Uma série de eventos marcaram hoje o 10º ano em que o Rei Felipe VI foi entronizado monarca da Espanha. Ele esteve o tempo todo acompanhado de sua esposa, a Rainha Letízia, e das filhas, a herdeira do trono, Princesa Leonor, e a Infanta Sofia.

As festividades começaram no meio da manhã, com a aparição da Família Real na sacada do Palácio Real de Madrid. Seguiram-se a entrega de condecorações militares da Guarda Real e posteriormente da Ordem do Mérito Civil e um almoço, que contou com a presença dos homenageados e seus familiares, e autoridades. Durante o almoço, as Princesas tomaram a palavra para homenagear o pai e fizeram um brinde. "Papai e mamãe nos ensinaram desde cedo a importância da Coroa e de que seu propósito é servir a todos", disse Leonor, em meio a aplausos e a emoção de Felipe e Letízia. "Foi um brinde surpresa", escreveu a revista Hola!

À tarde, para dar relevância às herdeiras do trono, Leonor e Sofia participaram de um encontro com jovens vencedores do concurso O que é um Rei para ti? com os quais visitaram, acompanhadas também dos pais, a Galeria das Coleções Reais que fica no Palácio Real. Elas "são o futuro da Coroa Espanhola", escreveu a Hola! sobre as jovens.

O dia encerrou com uma uma festa na Praça do Oriente, no Palácio Real de Madrid, com direito à música e show de fogos e luzes, quando a família aproveitou para se aproximar do público e receber felicitações.

A entronização

Felipe foi entronizado em 19 de junho de 2014, após seu pai abdicar. Juan Carlos tinha então alguns problemas de saúde, incluindo de mobilidade, no entanto, foram os escândalos em seus últimos anos como monarca que definitivamente fizeram com que a Casa Real e o governo decidissem pela mudança. À época, a monarquia contava cada vez menos com o apoio dos espanhóis, principalmente após Juan ter sido flagrado com a então amante, Corinna Larsen, em Botsuana, onde caiu enquanto caçava elefantes e quebrou a bacia.

A polêmica foi tão grande que o ex-monarca teve que pedir inéditas desculpas públicas. "Me equivoquei e não voltará a acontecer", disse.

Poucos anos depois Corinna revelaria que Juan Carlos tinha uma fortuna não-declarada em paraísos fiscais, dinheiro que teria recebido como propina de uma empresa árabe para intervir na construção de uma linha de metrô. Ele foi condenado pela Justiça espanhola, mas pouco antes já havia deixado a Espanha rumo a Dubai, onde vive exilado até hoje. Posteriormente pagou uma multa e regularizou sua situação fiscal e atualmente está livre de qualquer acusação ou crime na Espanha.

Corinna chegou a processar Juan Carlos na Inglaterra por ameaças. Ela revelou que o serviço secreto espanhol a perseguiu e ameaçou a mando do ex-monarca, mas o caso foi encerrado por um tribunal de Londres em 2023 porque a juíza alegou que não poderia julgar no Reino Unido um caso acontecido na Espanha. Corinna pedia mais de 145 milhõs de euros de indenização.

Outro escândalo que colocou a Casa Real em xeque no início dos anos 2010 foi o Caso Nóos, que envolveu a Infanta Cristina, a filha mais nova de Juan Carlos, e seu agora ex-marido Iñaki, um ex-atleta da Seleção de Basquete da Espanha. Usando uma fundação sem fins lucrativos ambos teriam desviado mais de 6 milhões de euros. Ela sempre negou que soubesse de algo, mas ele ficou preso alguns anos.