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Pedro Sánchez anuncia 40 milhões de ajudas estatais para a compra de bicicletas e ajudas ao transporte público

Fonte: Wikinotícias

17 de setembro de 2024

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O presidente do Governo de Espanha, Pedro Sánchez, reivindicou o uso do transporte público na Espanha e anunciou pela primeira vez, a incorporação e extensão da utilização da bicicleta às ajudas ao transporte público.

Isto foi avançado durante a apresentação da nova campanha para o fomento do uso do transporte público do Ministério dos Transportes e Mobilidade Sustentável, que contou com a presença do ministro dos Transportes e Mobilidade Sustentável, Óscar Puente.

Pedro Sánchez anunciou que o governo vai destinar 20 milhões de euros para estender os sistemas de bicicletas públicas que já estão em andamento em diferentes cidades para outros municípios. Concretamente, serão dedicados 10 milhões a baratear as tarifas dos sistemas já existentes, como o BiciMad de Madrid ou o Bicing de Barcelona; e outros 10 milhões a levar esta alternativa a outras cidades que ainda não contam com ela. "Vamos fazer uma aposta decidida pelo uso da bicicleta nas cidades", apostou o presidente do Governo.

Além disso, o executivo vai subsidiar com outros 20 milhões de euros adicionais a compra de bicicletas de pedalar assistido para a mobilidade quotidiana, num programa do qual poderão beneficiar tanto particulares, como empresas ciclologísticas de distribuição de mercadorias no âmbito urbano. "Trata-se de aumentar a quota modal da bicicleta nos deslocamentos diários e de que haja mais bicicletas em mais cidades, para mais pessoas", assinalou Pedro Sánchez, que lembrou que 35% dos espanhóis apostam nesta alternativa de transporte, segundo o último relatório do Observatório Cetelem.

Presidente da Câmara
"Espanha precisa de mais transportes públicos"

Por isso, fez um apelo aos prefeitos de todo o país para que se juntem ao fomento desta alternativa "fantástica" de mobilidade para alguns trajetos em algumas cidades, especialmente em determinadas épocas do ano. Desde o governo, afirmou, vai apoiar os prefeitos e municípios que apostem nas bicicletas "com leis e recursos económicos", alinhando-se assim com as previsíveis mudanças do transporte e da mobilidade nas cidades nas quais "haverá mais carsharing, mais autocarros públicos, mais metros e bondes, mais motos e bicicletas" conseguindo cidades "mais saudáveis, limpas, ágeis e acolhedoras".

Durante a apresentação da nova campanha, Pedro Sánchez defendeu que investir em transporte público é "investir em desenvolvimento económico, em um planeta saudável, em cidades mais coesas e no bem-estar das pessoas", pelo que reivindicou o transporte público "eficiente e acessível" em prol de um maior uso acima do transporte privado. "A Espanha precisa de mais transporte público", enfatizou Pedro Sánchez, que celebrou o impulso de uma" mudança na cultura da mobilidade " graças às medidas adotadas para modernizar as infraestruturas e os meios, conseguindo um aumento sustentado do uso de comboios, autocarros e metros. De facto, em julho passado, foram realizadas na Espanha 423 milhões de viagens em transporte público, quase 8% a mais em relação ao ano anterior, com um aumento de utilizadores do metro, autocarros e especialmente do comboio.

Estes números são registados após a aposta decidida feita pelo Governo de coalizão, ao investir cerca de 2.000 milhões de euros nos dois últimos anos. Entre outras iniciativas, o executivo bonificou mais de 50% dos títulos multi-viagem para o transporte urbano e lançou a campanha de verão jovem para que, quem tem entre 18 e 30 anos, possa viajar pela Espanha e pela Europa com descontos de até 90%. O governo também estabeleceu a gratuidade temporária dos serviços de proximidade e média distância da Renfe, bem como na rede de transporte regional e local nas Canárias e Baleares. Uma medida que Sánchez qualificou de "histórica" para ajudar os cidadãos nos piores momentos da crise inflacionaria que provocaram a Covid e a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Inflação cai para 2,3% em agosto
"Espanha caminha na boa direção"

O chefe do Executivo avaliou também a queda da inflação de 10% no início da crise inflacionaria e da guerra da Ucrânia para 2,3% em agosto, um dado, publicado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística, que "demonstra o acerto de nossa política económica e da proteção de rendas que impulsionamos desde o início da guerra". "A Espanha caminha na boa direção com mais crescimento e emprego, e menor inflação e com um controle das contas públicas", disse.