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Líderes da África se reunirão após militares do Níger ignorarem críticas

Fonte: Wikinotícias

7 de agosto de 2023

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Líderes da África Ocidental dizem que se reunirão na quinta-feira para discutir a crise no Níger, depois que os governantes militares do país ignoraram um prazo para restabelecer o presidente deposto ou enfrentar uma possível intervenção militar.

A Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse que realizará uma cúpula extraordinária na quinta-feira em Abuja, capital da vizinha Nigéria, segundo o porta-voz Emos Lungu.

Depois que o prazo da CEDEAO terminou no domingo para que os militares do Níger renunciassem e restaurassem o presidente Mohammed Bazoum, os líderes militares de lá prometeram defender o país e fechar o espaço aéreo do Níger.

"As forças armadas do Níger e todas as nossas forças de defesa e segurança, apoiadas pelo apoio inabalável do nosso povo, estão prontas para defender a integridade do nosso território", disse um representante da junta em um comunicado na televisão nacional.

O porta-voz disse que qualquer tentativa de sobrevoar o país será recebida com “uma resposta enérgica e imediata”.

As companhias aéreas internacionais começaram a desviar voos no espaço aéreo do Níger. As Nações Unidas disseram que seus voos humanitários também foram suspensos por causa do espaço aéreo fechado.

Também na segunda-feira, o vizinho Mali disse que e Burkina Faso enviaria uma delegação de funcionários ao Níger para mostrar apoio aos governantes militares.

Ambos os países – que sucumbiram a golpes militares nos últimos anos – disseram que uma intervenção militar no Níger seria equivalente a uma declaração de guerra.

Na sexta-feira, os chefes de defesa da África Ocidental elaboraram um plano para uma possível intervenção militar no Níger se os líderes militares do país não libertassem e reinstalassem o presidente Bazoum.

"Todos os elementos que entrarão em qualquer eventual intervenção foram elaborados aqui, incluindo os recursos necessários, como e quando vamos desdobrar a força", disse Abdel-Fatau Musah.

O bloco de 15 nações já enviou forças militares aos Estados membros no passado. No entanto, não está claro se os membros da CEDEAO apoiarão uma ação militar no Níger para resolver a crise atual.

O Senado da Nigéria instou o bloco a se concentrar em opções políticas e diplomáticas em vez do uso da força.

A Itália instou a CEDEAO a estender o prazo para os líderes militares do Níger recuarem e pediu uma solução diplomática.

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