Dono de avião desmente versão de Antonio Palocci
Brasil • 6 de fevereiro de 2006
O empresário José Roberto Colnaghi disse para o jornal Folha de S. Paulo que nunca recebeu pagamentos do Partido dos Trabalhadores (PT) pelo uso do seu avião particular. A versão de Colnaghi desmente a versão apresentada pelo Ministro da Fazenda Antonio Palocci para a CPI dos Bingos.
Palocci disse para CPI no dia 26 de janeiro de 2006 que o diretório do Partido dos Trabalhadores de São Paulo pagou pelo transporte dele em Brasília e em Ribeirão Preto ocorrido em 23 de julho de 2003. Disse o ministro: "Antes de ser ministro fui a uma feira agropecuária que ocorre em Ribeirão Preto em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), e aqui está o relatório da FAB provando isso. E em 2003, quando eu já era ministro, andei em um avião do Colnaghi, que foi alugado pelo PT. Me antecipei e consultei a comissão de ética pública do governo e a resposta foi a de que não contrariei o código de conduta pública, pois o aluguel não foi pago com recursos públicos."
A Folha disse que o empresário resolveu pronunciar-se depois que o jornal informou-lhe que não conseguiu encontrar notas fiscais ou recibos de pagamento pelo suposto aluguel do avião na prestação de contas dos diretórios estadual e nacional do PT. Segundo a Folha, Colnaghi disse que "não existiu pagamento do PT pelo uso do jato (avião)".
O empresário José Roberto Colnaghi é dono também do avião que foi usado pelo ex-assessor de Palocci, Vladimir Poleto, para transportar caixas de bebida de Brasília até Campinas. Para este caso, existe a dúvida se dentro das caixas havia dólares doados pelo Governo de Cuba para a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
O empresário é acusado por parlamentares de ter usado a sua suposta amizade com o ministro da Fazenda para tirar vantagens em negócios pessoais. Ele nega as acusações.
Ver também
Fontes
- Mario Cesar Carvalho, Leonardo Souza. PT não pagou uso de jatinho, diz Colnaghi — Folha de S. Paulo, 5 de fevereiro de 2006
- Palocci rebate acusações — Agência Senado (Brasil), 26 de janeiro de 2006
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