Covid-19: no Brasil, diversos cientistas citados no Plano de Vacinação dizem não ter dado aval

Fonte: Wikinotícias

14 de dezembro de 2020

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As polêmicas envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e o general e ministro da Saúde [sem formação na área] Eduardo Pazuello no gerenciamento da pandemia de Covid-19 no Brasil não param e a mais recente diz respeito ao manifesto de ao menos 36 cientistas citados no recém-divulgado Plano Nacional de Imunização Contra a Covid-19 que vieram a público para dizer que não haviam dado aval no documento final. Alguns também disseram que nem sequer chegaram a ler o plano final.

"Nós, pesquisadores que estamos assessorando o governo no Plano Nacional de Vacinação da Covid-19, acabamos de saber pela imprensa que o governo enviou um plano, no qual constam nossos nomes e nós não vimos o documento. Algo que nos meus 25 anos de pesquisadora nunca tinha vivido!", escreveu Ethel Maciel, que é Professora da Universidade Federal do Espírito Santo, enfermeira, epidemiologista e pesquisadora do CNPq, em seu Twitter.

Após a nova polêmica, o Ministério da Saúde emitiu uma nota ontem (13/12) onde explicou que os técnicos citados no plano foram convidados a participar, mas "sem qualquer poder de decisão".

Relembre algumas das polêmicas de Bolsonaro e Pazuello na Saúde

  • em maio, poucos dias após a posse de Pazuello, o "protocolo da cloroquina" é aprovado e o medicamento passa a ser enviado aos postos de saúde de todo Brasil sem ter efeito comprovado na cura da Covid;
  • duas semanas após a posse do ministro, o Painel Covid do SUS, com todos os dados da pandemia, é tirado do ar para evitar a divulgação dos dados negativos da pandemia no país, que então assumia o 3º lugar no ranking geral de contaminados e óbitos da JHU;
  • em outubro, Pazulello endossa a compra da vacina chinesa CorovaVac pelo governador João Dória de São Paulo [desafeto político de Bolsonaro], mas um dia depois Bolsonaro "desautoriza" Pazuello, que é obrigado a, praticamente, se retratar. Num encontro posterior, Pazuello diz: "um manda e o outro obedece".

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Fontes