Colômbia: FARC impõem condições para a libertação do general Alzate

Fonte: Wikinotícias
Juan Manuel Santos, Presidente da Colômbia

Agência Brasil

27 de novembro de 2014

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Uma delegação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) pediu ontem (quarta-feira, 26) em Havana (Capital de Cuba), a suspensão de confrontos armados e o respeito às cláusulas do acordo humanitário para permitir a libertação do general Rúben Dario Alzate e de outros reféns da guerrilha. A libertação do grupo pode ocorrer no sábado (29), de acordo com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos.

“Por respeito aos protocolos, não queremos riscos de confrontos armados durante a libertação do general”, afirmaram as FARC, em comunicado divulgado na capital cubana.

As FARC ressaltaram que, na libertação dos soldados, detidos durante 20 dias pela guerrilha na região de Arauca, perto da fronteira com a Venezuela, “surpreendentemente” uma patrulha do Exército foi detectada, o que obrigou a “manobras” e à consequente mudança do local previsto para a libertação do grupo de militares.

A guerrilha destacou também que o governo colombiano já tem as coordenadas da área, na região de Chocó, onde o general Alzate vai ser libertado (assim como outro militar e uma advogada) e que todas as operações de combate devem ser suspensas.

Para as FARC, a suspensão da atividade militar na região é uma “condição indispensável” para que a guerrilha possa se aproximar do local de libertação dos reféns.

“Temos de afastar qualquer tentativa de emboscada ou assalto que ponha em risco a vida do general, assim como a dos guerrilheiros que fazem a escolta”, diz o comunicado.

O general Alzate vai ser libertado com o cabo Jorge Rodriguez e a advogada do Exército Gloria Urrego. Eles foram detidos pela guerrilha desde o dia 16 de novembro em uma área onde têm sido registrados combates entre as FARC e as forças governamentais.

O sequestro provocou (por parte do chefe de Estado da Colômbia) a suspensão das conversações de paz em Havana, três dias depois de as partes terem acordado as condições para a libertação dos reféns, o que pode vir a restaurar os contatos políticos e as negociações que pretendem acabar com o conflito interno no país.

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