Austrália instada a intervir no caso de extradição do fundador do Wikileaks
21 de junho de 2022
Os advogados do fundador do Wikileaks, Julian Assange, pediram ao governo australiano que faça mais para garantir a libertação dele. Assange deve ser extraditado para os Estados Unidos para enfrentar acusações de espionagem, em uma medida aprovada pelo governo britânico no final da semana passada.
O ativista nascido na Austrália está em uma prisão britânica aguardando extradição para os Estados Unidos, onde é procurado por 18 acusações criminais, incluindo violação de leis de espionagem.
Na sexta-feira passada, a secretária do Interior britânica, Priti Patel, aprovou a extradição de Assange.
A equipe jurídica de Assange está pedindo ao governo recém-eleito em Canberra que exija a libertação de Assange da prisão.
Greg Barns, membro da equipe jurídica de Assange na Austrália, disse à Australian Broadcasting Corp. que Canberra interveio para trazer para casa um suspeito de terrorismo e um acadêmico recentemente detidos no Irã.
“Há precedentes para a Austrália fazer isso. Vimos o caso David Hicks mais famoso, eu acho, em 2004, quando o governo [ex-primeiro-ministro John] Howard usou seus bons ofícios com a administração Bush para trazer David Hicks de volta em segurança”, disse Barns. “Vimos em Kylie Moore-Gilbert, por exemplo. Só porque um caso está em outras jurisdições não significa que a Austrália não possa se envolver.”
Em um comunicado, a ministra australiana das Relações Exteriores, Penny Wong, disse que o caso Assange “se prolongou demais e deveria ser encerrado". Ela acrescentou que o governo australiano não poderia “intervir nos assuntos jurídicos de outro país.”
Assange luta contra a extradição para os Estados Unidos desde junho de 2019 e indicou que planeja apelar da ordem de deportação do Reino Unido.
Fontes
- ((es)) Instan a Australia a intervenir en caso de extradición de fundadador de Wikileaks — Voz da América, 21 de junho de 2022
Esta página está arquivada e não é mais editável. |