Vendas diretas não são afetadas pela crise, diz entidade

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

13 de junho de 2009

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram LinkedIn Reddit
Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

Há mais de 15 anos no ramo, a vendedora de cosméticos Maria Lucia Borges Gomes já não se preocupa com qualquer crise financeira. Representante de uma grande empresa de venda direta, ela revelou à Agência Brasil que este ano vendeu no Dia das Mães mais do que no mesmo período no ano passado. "Cosmético é artigo de primeira necessidade para a maioria das mulheres, nenhuma fica sem", justifica. Segundo ela, os batons são uma verdadeira febre. "Não importa se está em crise, ninguém deixa de comprar", afirma.

O caso de Maria Lucia não é isolado. Segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Vendas Diretas (Abevd) o volume de vendas no primeiro trimestre deste ano foi 18% superior ao do ano anterior. O volume financeiro de vendas foi de R$ 4,4 bilhões. "Estes números já eram esperados, porque o nosso setor não sente mesmo os efeitos da crise", explica Lirio Cipriani, presidente da entidade.

Conforme Cipriani, historicamente o setor de vendas diretas nunca sofreu com crises porque a relação de consumo é muito próxima. "São vizinhos, amigos, parentes, que compram os produtos para ajudar", argumenta. Ainda de acordo Cipriani, os valores dos bens vendidos diretamente são menores do que os bens duráveis do varejo, que são diretamente afetados pela crise.

Para Cipriani, a tendência é que os negócios de venda direta melhorem cada vez mais porque, aos poucos, as empresas estão apostando neste filão. "Muitas já estão preparando para mudar de estratégia e vender de porta em porta", diz.

Para o economista e diretor do programa de pós-graduação da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Tharcisio Santos, é natural que as vendas diretas tenham um desempenho bom em tempos de crise. "O consumo das famílias aumentou. As vendas diretas são para uso pessoal, para a família", explica.

O presidente da Associação Nacional dos Vendedores Autônomos de Porta a Porta (Anavapp), João Ribeiro, em época de crises as vendas aumentam porque as pessoas procuram uma nova fonte de renda para complementar o orçamento familiar. "Nos últimos dez anos, nossas vendas cresceram mais de 100%", afirma.

Notícias Relacionadas

Fonte