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Promotores na Geórgia dizem que estão investigando alegações de fraude eleitoral

Fonte: Wikinotícias

30 de outubro de 2024

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Promotores estaduais da Geórgia disseram na quarta-feira que iniciaram uma investigação sobre as alegações da oposição de possível falsificação em uma eleição parlamentar de fim de semana que o governista Sonho Georgiano foi declarado vencedor.

Os resultados oficiais deram ao Sonho Georgiano 54% dos votos e uma clara maioria no parlamento após a votação de sábado. Mas políticos da oposição disseram que vão boicotar a câmara em protesto contra um resultado que disseram ser ilegítimo.

O Ministério Público disse em um comunicado que convocou a presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, uma crítica do governo que disse repetidamente que a contagem de votos foi falsificada, mas não forneceu evidências disso, para testemunhar na quinta-feira.

Zourabichvili e outras figuras da oposição consideraram a votação um momento crucial na história da Geórgia, onde o país estava escolhendo entre a integração da União Europeia com a oposição ou uma tendência contínua em direção à Rússia sob o Sonho Georgiano.

A Geórgia não tem relações diplomáticas com a Rússia e o Sonho Georgiano, que diz querer que o país do sul do Cáucaso um dia se junte à UE, diz que não quer que a nação seja arrastada para outro conflito com Moscou, que venceu uma curta guerra contra ela em 2008.

O Ministério Público disse que sua investigação estava sendo aberta a pedido da comissão eleitoral da Geórgia, que disse que a votação foi livre e justa.

A mídia georgiana informou na terça-feira que a comissão eleitoral pediu uma investigação sobre o que chamou de "críticas infundadas" à eleição, informou a Reuters.

Observadores eleitorais, incluindo a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), de 57 países, disseram que a votação foi marcada por incidentes de intimidação de eleitores, suborno e preenchimento de cédulas que poderiam ter impactado o resultado, mas não chegaram a chamá-la de fraudada.

O Kremlin negou as alegações de interferência e acusou o Ocidente de tentar influenciar indevidamente o resultado da votação.