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Nações Unidas condenam embargo contra Cuba

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Fonte: Wikinotícias

31 de outubro de 2007

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A Assembléia Geral de Nações Unidas exortou ontem (30/10) os Estados Unidos da América a retirar o embargo econômico contra Cuba que existe há 45 anos. A decisão da assembléia foi escolhida depois de uma votação em que houve 184 votos a favor (pelo fim do embargo) e 4 contra (pela manutenção do embargo). No ano passado foi aprovada uma resolução semelhante com 183 votos a favor. A diferença entre a votação do ano passado e a presente é a mudança de voto da Nicarágua, que em 2007 resolveu votar pelo fim do embargo. Atualmente a Nicarágua é governada pelo Presidente Daniel Ortega, que é pró-Cuba.

O Presidente Americano, George W. Bush, declarou semana passada que manteria o embargo contra Cuba enquanto a ilha não mudasse o seu sistema político e iniciasse um processo de "redemocratização".

O Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Felipe Pérez Roque disse perante a Assembléia-Geral: "o bloqueio é hoje o principal obstáculo ao desenvolvimento e bem-estar dos cubanos e uma violação flagrante, maciça e sistemática dos direitos do nosso povo" . Segundo o ministro seu país perde por ano cerca de 89 bilhões de dólares com o embargo, que segundo ele, ficou mais severo no último ano.

O ministro chamou de "brutal" impacto do embargo na economa e sociedade cubana. "O governo dos Estados Unidos proibiu as companhias norte-americanas de prover serviços de internet em Cuba", acusou Pérez Roque, que ainda disse que por causa disso os cubanos não podem usar o programa Google Earth.

Falaram a favor de Cuba os seguintes países: Myanmar, Vietname, África do Sul, Zâmbia, China, México e Uruguai (em nome do Mercosul).

O representante da Venezuela disse que o recente discurso de Bush é um "novo e vão intento para derrotar a revolução e reconquistar Cuba".

O representante do grupo dos 77, o paquistanês Faruk Amil pediu aos EUA para "substituirem a política do embargo pelo diálogo e cooperação".

As sanções econômicas contra Cuba remontam a 1962, decidida pelo então Presidente Americano John Fitzgerald Kennedy.

Fontes