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Joe Biden desiste de tentar reeleição; pressão era grande após lapsos de memória

Fonte: Wikinotícias

21 de julho de 2024

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O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou esta tarde em suas redes sociais que está deixando a disputa para um novo termo na Casa Branca e indicou sua vice, Kamala Harris, em seu lugar. Ele pretendia ser o indicado do Partido Democrata para uma nova corrida eleitoral, mas vinha sofrendo forte objeção devido ao desempenho ruim no primeiro debate com Donald Trump no final de junho e devido a lapsos de memória recentes.

No detate, Biden pareceu confuso e lento algumas vezes, o que sua assessoria justificou como consequências de um resfriado.

Pouco depois, no dia 11, no encerramento da Cúpula da Otan, ele confundiu o nome do presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky e o chamou de Putin. Zelensky e o russo Valdimir Putin são inimigos na atual guerra na Ucrânia e a Rússia não faz parte da Otan e nem estava representada no evento. No mesmo dia ele também chamou sua vice Kamala Harris (Partido Democrata) de Donald Trump (Partido Republicano), seu oponente. "Eu não teria escolhido Trump para ser vice-presidente se não achasse que ela não fosse qualificada para ser presidente”, falou em entrevista coletiva após a Cúpula.

Na semana passada ele testou positivo para covid-19, enquanto a pessão para sua retirada da corrida presidencial crescia.

Ele foi o presidente mais velho a assumir, aos 78, e seria o mais velho a deixar a Casa Branca caso fosse reeleito. Teria então 86 anos.

Problema antigo

Os lapsos de memória de Biden não são novos e chegaram a ser colocados num relatório da Promotoria Pública que investigava se Biden havia levado documentos sigilosos para casa ao finalizar seu mandato como vice de Barack Obama em 2017.

No documento do início deste ano, o promotor especial Robert Hur escreveu que Biden tinha problemas de memória, que sequer conseguia se lembrar quando o filho Beau Biden havia morrido, que sua fala era lenta e que ele não conseguia ler suas próprias anotações.

As objeções

Os principais democratas, incluindo o antigo Presidente Barack Obama, a antiga Presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e os atuais líderes do partido no Senado e na Câmara dos Representantes, expressaram a sua preocupação de que ele pederia a eleição para Donald Trump.

Vinte democratas na Câmara dos Representantes e dois senadores pediram que ele se afastasse da corrida.

Apoiadores e grandes arrecadadores de fundos famosos como o ator George Clooney e o produtor de cinema Jeffrey Katzenberg também alertaram sobre a possibilidade de patrocinadores importantes pararem de doar para a campanha do Partido Democrata.

O comunicado

"Meus colegas Democratas, decidi não aceitar a nomeação e concentrar todas as minhas energias nas minhas funções como Presidente durante o resto do meu mandato. Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas – é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso", diz o comunicado.

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