IFDM: Brasil se desenvolve, mas ainda não supera a desigualdade regional

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Rio de Janeiro, BRASIL • 15 de julho de 2014

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De acordo com o mais recente Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM) – estudo que mede o nível de desenvolvimento de todas as cidades do Brasil com base nos indicadores Saúde, Educação e Emprego & Renda –, os 500 municípios com avaliações mais baixas estavam, em 2011 (época de apuração dos dados), 13 anos mais atrasados em termos de desenvolvimento do que os 500 primeiros lugares.

Em termos nacionais, das três áreas avaliadas pela pesquisa, duas melhoraram: o indicador Saúde subiu em 65% das cidades e o indicador Educação, em 81%. Já a categoria que engloba Emprego e Renda piorou devido a uma queda de 23% na geração de empregos.

Mesmo que o avanço tenha sido mais evidente que o retrocesso, o Brasil ainda amarga o antigo problema da desigualdade regional: as regiões Sul e Sudeste permanecem como as mais desenvolvidas (as dez cidades do país com índices mais altos são todas de São Paulo), enquanto Norte e Nordeste continuam como as menos desenvolvidas (são delas as dez cidades que ficaram nas últimas posições do levantamento). O Centro-Oeste, por sua vez, não teve nenhuma de suas cidades classificadas como sendo de baixo desenvolvimento.

Para o gerente de estudos econômicos Guilherme Mercês, da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, apesar de o país ter avançado, ainda existem esses “dois Brasis”:

- Houve uma mudança significativa entre 2000 e 2010, mas o Brasil ainda tem desafios, quando comparado com o mundo e também com as regiões mais desenvolvidas do país.

Uma forma de reduzir esse problema seria priorizar orçamento e recursos humanos, na opinião da médica e professora Ligia Bahia, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro:

- Sem planejamento, sem articulação entre o social e o crescimento econômico, essa desigualdade não acaba.

Para ela, política social é mais do que melhorar a renda das pessoas: é também oferecer serviços de melhor qualidade, como saúde, proporcionando uma vida melhor para a população.

Fonte[editar | editar código-fonte]

((pt)) Carolina Benevides. Brasil ainda tem municípios que não chegaram ao século XXI [inativa] — Jornal O Globo, 31 de maio de 2014. Página visitada em 15 de julho de 2014. Arquivada em 4 de junho de 2014  

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