Grandes empresas e executivos americanos fazem frente à restrição do direito de voto
14 de abril de 2021
Centenas de empresas americanas uniram-se num comunicado divulgado nesta quarta-feira, 14, contra a decisão de alguns Estados de restringir o direito ao voto, um movimento que tem ganho força nos últimos dias.
Entre as companhias estão as gigantes Amazon, Google e GM, além de Netflix, Starbucks, BlackRock, às quais se juntou o mega investidor Warren Buffett.
A iniciativa acontece depois do Estado da Geórgia, chave na disputa eleitoral em 2020 e controlada pelos republicanos, aprovar uma lei que endurece as regras eleitorais.
As principais mudanças enfocaram-se na votação por correio, usado por mais de 1,3 milhão de eleitores em Novembro do ano passado, e que, segundo observadores, contribuiu sobremaneira para a vitória de Joe Biden, o primeiro democrata a vencer na Geórgia desde Bill Clinton, em 1992.
Democratas catalogaram a lei aprovada na Geórgia de "supressão de votos" e compararam as novas regras aos tempos de segregação racial.
Por seu lado, os republicanos afirmam que as mudanças trazem mais segurança ao processo eleitoral e evitam erros.
Como democratas e activistas, bem como organizações desportivas, as companhias e executivos dizem opor-se a "qualquer legislação discriminatória" que torne mais difícil aos americanos votarem.
Antes do comunicado conjunto, algumas empresas já haviam se manifestado a nível individual contra a lei na Geórgia, como a Coca-Cola e a Delta Airlines, mas elas não assinaram o documento de hoje.
O jornal "The New York Times" diz que a declaração foi organizada por Kenneth Chenault, ex-presidente-executivo da American Express, e Kenneth Frazier, presidente-executivo da farmacêutica Merck.
Chenault e Frazier lideraram um grupo de executivos negros que já haviam pedido, no mês passado, que as empresas se envolvessem mais na oposição a mudanças nas legislações semelhantes à da Geórgia.
Fontes
- Grandes empresas e executivos americanos fazem frente à restrição do direito de voto — Voz da América, 14 de abril de 2021
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