Furacão Ida, já rebaixado, provoca caos após levar chuvas para o Nordeste dos Estados Unidos

Fonte: Wikinotícias
O Ida sobre o Nordeste dos Estados Unidos em 1º de setembro

2 de setembro de 2021

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Caos na cidade de Nova Iorque (NY) e em outros locais do Nordeste dos Estados Unidos: estes são os últimos resultados do agora ciclone pós-tropical Ida. O meteorologista Christian Garavaglia, do website Meteored Argentina, descreveu a situação como: "imagens apocalípticas chegaram na noite de quarta-feira da Big Apple, com enchentes destruindo estações subterrâneas e engolfando ruas e casas".

Na cidade de NY, onde o número de vítimas fatais ainda é desconhecido, houve, ontem, "chuvas extremas" em alguns bairros, com 213mm em Staten Island, 200mm no Bronx e 195mm no Queens, relatou a Metsul.

Segundo a Metsul ainda, a situação em vários estados do Nordeste foi extrema porque se o Ida "já provocaria chuva intensa na região", ainda houve um "agravante", pois "uma corrente de jato (vento) ao Sul da região dos Grande Lagos intensificou a instabilidade e o resultado foi a chuva extrema na região entre a Filadélfia e o Sul da Nova Inglaterra com os acumulados extremos e históricos observados".

O aviso de "emergência por inundações repentinas" para a cidade de NY foi "sem precedentes", relatam a imprensa e os meteorologistas.

No último aviso do NHC (National Hurricane Center) emitido hoje cedo, ainda há os alertas de "inundação e inundações repentinas para partes do Sul da Nova Inglaterra" e de "tornado para partes de Rhode Island e sudeste de Massachusetts".

Devido as "inundações brutais", em palavras do prefeito de NY, Bill de Blasio, o governo local decretou estado de emergência, enquanto equipes trabalham para encontrar pessoas desaparecidas e para reestabelecer serviços públicos, como os do metrô, quase totalmente paralisado.

Segundo a NBC no meio desta tarde, 14 pessoas morreram em Nova Jersey, 12 na cidade de NY e três no condado de Montgomery, na Filadélfia.

Entendendo um furacão

Todo furacão é um ciclone (mais especificamente um ciclone tropical), que nada mais é do que um fenômeno com ventos circulantes que começa como uma área de distúrbio no mar, sobre águas mais quentes (acima de 25ºC). O ciclone passa a ser chamado de furacão (ou tufão na Ásia) quando seus ventos passam de 120km/h, mas antes de ser um furacão, este fenômeno também é uma depressão tropical e tempestade tropical (ventos de 65-120km/h).

Assim como evolui de depressão para tempestade e depois para furacão, o fenômeno também faz o caminho inverso, geralmente depois de tocar terra (nem todos tocam terra, se extinguindo no mar, como o furacão Linda de semanas atrás): enfraquece, voltando a ser tempestade e depois depressão - ou um ciclone pós-tropical.

Quando um ciclone se forma em regiões de águas mais frias, como no Sul da América do Sul, costuma se chamado de subtropical ou extratropical e dificilmente ganha a força de um furacão - com algumas exceções, como o furacão Catarina, que atingiu parte da costa do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina em março de 2004.

Os furacões são classificados de 1 a 5 conforme a força de seus ventos, de acordo com a escala Saffir-Simpson, e quando alcançam as categorias 4 ou 5 são chamados de superfuracões (ou supertufões).

É importante salientar também que este tipo de fenômeno, com mais ou menos intensidade, causa chuvas e ventos e podem até levar à formação de tornados.

Referências

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Fontes