Financial Times diz que Bolsonaro está levando o Brasil ao "desastre"

Fonte: Wikinotícias

24 de maio de 2020

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Bolsonaro em 2019: foto meramente ilustrativa

Depois de recentemente ter sido criticado por publicações como a revista científica The Lancet devido a sua postura em relação à pandemia de COVID-19 no Brasil, o jornal Financial Times, divulgou hoje uma matéria com o título "O populismo de Jair Bolsonaro está liderando o Brasil para o desastre" (Jair Bolsonaro’s populism is leading Brazil to disaster).

A matéria começa com "Numa visita ao Brasil no ano passado, conversei com uma importante financista sobre os paralelos entre Donald Trump e Jair Bolsonaro. 'Eles são muito parecidos', disse ela, antes de acrescentar: 'Mas Bolsonaro é muito mais estúpido.' Essa resposta me surpreendeu, pois o presidente dos EUA geralmente não é conhecido pelo intelecto imponente. Mas minha amiga banqueira foi insistente. 'Olha', disse ela, 'Trump administrou um grande negócio. Bolsonaro nunca superou o capitão do exército'. ” e continua com "o Brasil já está pagando um preço alto pelas palhaçadas de seu presidente", numa referência ao chamado "Protocolo da Cloroquina".

Em seguida, a publicação pergunta se é justo culpar o presidente pelos problemas brasileiros na Saúde e na Economia, para logo depois enfatizar: "incentivando seus seguidores a desrespeitar os bloqueios e minando seus próprios ministros, Bolsonaro é responsável pela resposta caótica que permitiu que a pandemia saia do controle. Como resultado, os danos à saúde e à economia sofridos pelo Brasil provavelmente serão mais severos e mais profundos do que deveriam ter sido. Outros países que enfrentam condições sociais ainda mais difíceis, como a África do Sul, tiveram uma resposta muito mais disciplinada e eficaz".

Segundo o Financial Times também, Bolsonaro está com problemas políticos visíveis, tendo seus índices de popularidade caído para menos de 30%. "Cerca de 50% da população desaprova", segundo a publicação, como o presidente lida com a crise. O jornal também faz uma referência à perda de apoio dos conservadores tradicionais e à renúncia de Sérgio Moro devido à tentativa do presidente brasileiro querer interferir nas investigações policiais e fala em impeachment, deixando claro, no entanto, que este processo seria menos "técnico" do que o que levou à saída da presidente Dilma Rousseff.

"A unidade nacional não surgirá enquanto Bolsonaro for presidente. No estilo populista clássico, ele vive da política da divisão", escreveu o jornal, que termina afirmando que "as mortes e o desemprego são exacerbados pela liderança de Bolsonaro" e que o "desastre econômico e da saúde poderia criar um ambiente ainda mais hospitaleiro para a política do medo e da irracionalidade" no Brasil.

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