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Escolas particulares do Rio de Janeiro prorrogam férias, mas presidente do sindicato é contra

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Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

Rio de janeiro, RJ, Brasil • 3 de agosto de 2009

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O presidente do sindicato das escolas particulares do município do Rio de janeiro (Sinepe-RJ), Edgar Flexa Ribeiro, contrário ao adiamento da volta às aulas para o dia 10, endossou neste fim de semana a decisão do Colégio Sagrado Coração de Maria e das duas unidades da Escola Parque de aderir à recomendação da Secretaria Estadual de Saúde, já acatada por outras 18 instituições, inclusive o Colégio Militar.

“Minha posição pessoal é clara: é inócua a prorrogação das férias, porque as crianças não ficarão isoladas dentro de casa”, disse Flexa Ribeiro. “Mas qual colégio tem condições de assumir a responsabilidade de não cumprir uma recomendação das secretarias de Saúde e de Educação?”, indagou.

O professor disse que esteve nesse domingo em um centro comercial da zona sul carioca e que tanto a praça da alimentação quanto as áreas de lazer estavam cheias de crianças, e todos são espaços fechados, motivo principal para a o adiamento do segundo semestre letivo.

“O pátio para patinação era um mar de crianças na Lagoa, como no recreio de uma escola, mas não sou eu quem vai dizer que as aulas devem começar amanhã”, ele argumentou, lembrando que a responsabilidade da direção de uma escola vai além das condições mínimas para as aulas.

A título de ilustração, Flexa Ribeiro citou o caso da adolescente de 15 anos que morreu em pleno voo de Miami para São Paulo, na madrugada desse domingo, com suspeita de influenza A (H1N1), gripe suína.

“Mesmo com o resultado do exame negativo nos Estados Unidos, a menina morreu no avião, a caminho de São Paulo. Imagine um aluno pedir para ir ao banheiro e não voltar, numa escola...”, comentou.

Na opinião do presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Rio de janeiro (Sinepe-RJ), o governo perdeu a batalha da comunicação no caso da guerra contra a gripe. “O Temporão manteve o mesmo discurso, mas era preciso haver uma campanha forte, maciça, de esclarecimento à população, e esta batalha o governo perdeu”.

Ele lembrou que na época do apagão elétrico, “houve campanha intensa na televisão, com publicidade e sensibilização da opinião pública. Hoje as pessoas estão desinformadas sobre a gripe, os riscos, tudo”.

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