Empréstimos da China à África Subsaariana superam os das nações ocidentais

Fonte: Wikinotícias

11 de fevereiro de 2022

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Os bancos chineses forneceram mais empréstimos para financiar projetos de desenvolvimento na África Subsaariana do que algumas das maiores economias do mundo combinadas de 2007 a 2020, de acordo com um novo estudo.

O Centro de Desenvolvimento Global, com sede em Washington e Londres, também informou na quinta-feira que os bancos de desenvolvimento chineses forneceram US$ 23 bilhões para financiar parcerias público-privadas na região.

O valor é mais do que o dobro do montante combinado de US$ 9,1 bilhões emprestados por bancos dos EUA, Japão, Alemanha, Holanda, França e África do Sul, segundo o relatório.

“Isso é bem aquém do que a região precisa para estradas, barragens e pontes”, disse Nancy Lee, principal autora do estudo.

O think tank global analisou mais de 500 projetos de infraestrutura na região com um componente do setor privado que atingiu o fechamento financeiro durante o período.

“Há muitas críticas à China, mas se os governos ocidentais querem impulsionar investimentos produtivos e sustentáveis a níveis significativos, eles precisam implantar seus próprios bancos de desenvolvimento e pressionar os bancos multilaterais de desenvolvimento para tornar esses investimentos uma prioridade”, disse Lee.

O relatório também constatou que, apesar da visão de 2015 de "bilhões a trilhões" lançada por bancos multilaterais de desenvolvimento, instituições como o Banco Mundial forneceram apenas US$ 1,4 bilhão por ano para financiar projetos de infraestrutura na África subsaariana de 2016 a 2020.

A falta de transparência e o uso de empréstimos colateralizados pela China tem sido de grande preocupação para as partes interessadas nos últimos anos.

Economistas do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial alertaram que vários países de baixa renda enfrentam ou já estão em dificuldades com dívidas.

Lee, membro sênior do Centro para o Desenvolvimento Global, disse que os países ocidentais têm demorado a aumentar os investimentos, apesar de "muita retórica".

“Há uma oportunidade real para os EUA fornecerem mais liderança em financiamento de infraestrutura na África”, observou Lee.

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