EUA apoiam pedidos de investigação do chefe da OEA

Fonte: Wikinotícias

6 de novembro de 2022

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O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) está enfrentando crescentes pedidos, inclusive do governo do presidente Joe Biden, para uma investigação externa sobre possível má conduta em seu relacionamento íntimo com um de seus subordinados.

O próprio inspetor-geral da OEA com sede em Washington disse em um memorando nesta semana que é do interesse da organização contratar uma empresa externa para investigar alegações de que o secretário-geral Luis Almagro pode ter violado o código interno de ética.

A recomendação do inspetor-geral foi baseada em uma reportagem da Associated Press que descobriu que Almagro estava em um relacionamento com um funcionário mexicano que foi descrito, inclusive no site da organização, como um "assessor sênior" do secretário-geral.

O inspetor-geral disse que o relatório da AP seguiu uma denúncia anônima e vagamente detalhada enviada ao seu escritório pelo próprio Almagro em 3 de junho.

O código de ética da organização, criada para a consolidação da paz e da democracia na América, proíbe seus diretores de supervisionar ou participar de decisões que beneficiem as pessoas com quem mantêm um relacionamento amoroso.

A proposta de contratar uma empresa externa para investigar o comportamento de Almagro será discutida na quarta-feira na próxima reunião do Conselho Permanente da OEA, composto por 34 membros.

Os Estados Unidos, que este ano contribuíram com cerca de metade dos US$ 100 milhões em financiamento da organização, já manifestaram apoio a uma investigação externa antes da reunião.

"Levamos essas alegações a sério", disse um porta-voz do Departamento de Estado à AP. Ele acrescentou que qualquer violação dos padrões de ética da OEA "deve ser investigada de maneira justa e imparcial por uma entidade de investigação externa apropriada".

Os repetidos pedidos de comentários de Almagro sobre a possibilidade de uma investigação externa, enviados à assessoria de imprensa do secretário-geral, ficaram sem resposta.

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