Dirigente do Partido dos Trabalhadores é preso com mala cheia de dinheiro no aeroporto de São Paulo

Fonte: Wikinotícias

Brasil • 9 de julho de 2005

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Ontem (8) foi detido e preso pela polícia brasileira um dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo, no Aeroporto Congonhas. Ele carregava consigo, escondido e sem declarar, o equivalente aproximado a R$ 440 mil, numa mala e nas roupas íntimas. Ele foi preso porque pelas leis brasileiras toda pessoa que viajar com mais de R$ 10 mil dentro do Brasil deve declarar o valor no escritório da Receita Federal nos aeroportos.

O dirigente do PT que foi preso é o senhor José Adalberto Vieira da Silva, 39 anos, secretário de Organização do PT do Ceará e chefe do gabinete do deputado estadual José Nobre Guimarães. José Nobre Guimarães é o líder da bancada do Partido dos Trabalhadores na Assembléia Legislativa do Ceará e é irmão de José Genoino, atual presidente do PT.

José Adalberto, foi preso ontem no aeroporto de Congonhas, por volta das 11 horas da manhã (hora local) quando estava a embarcar para Fortaleza. Depois que sua bagagem passou pelo equipamento de raios-X do aeroporto, os fiscais perceberam o que parecia ser uma grande quantidade de dinheiro numa mala. Ao ser aberta a mala, verificou-se que nela havia, em meio a farto material do partido, R$ 200 mil em dinheiro vivo.

José Adalberto respondeu que ele era um agricultor e o dinheiro era proveniente de uma venda de legumes para o Ceagesp, que é um grande mercado e central de abastecimento de hortifrutigranjeiros. As autoridades observaram que as mãos de José Adalberto eram muito bem cuidadas e que ele usava esmalte incolor nas unhas.

Desconfiados pelo fato de suas mãos não serem condizentes com as mãos de um agricultor, acostumado a trabalhar com a terra, os policiais conduziram José Adalberto para uma sala reservada do aeroporto. Nesta sala, depois de ser revistado, os policiais descobriram U$ 100 mil (cerca de R$ 237 mil) escondidos sob suas roupas íntimas.

José Adalberto recebeu então ordem de prisão pelo crime contra o sistema financeiro e ordem tributária nacional. O dirigente foi encaminhado para a sede da Polícia Federal em São Paulo e disse que irá prestar qualquer depoimento somente na presença de seus advogados.

Ver também

Fotos oriundas da Divisão de Comunicação Social da Polícia Federal

Fontes