Deputado brasileiro da Igreja Universal do Reino de Deus é detido com 7 malas de dinheiro
Brasil • 11 de julho de 2005
O Departamento de Polícia Federal deteve na manhã desta segunda-feira (11), no aeroporto de Brasília, um deputado, duas mulheres e dois pastores. Eles eram passageiros de um avião particular Citation 10, pertencente ao Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). Com os passageiros a polícia encontrou sete malas cheias de dinheiro. O piloto e o co-piloto do avião também foram detidos.
O deputado detido é João Batista do Partido da Frente Liberal (PFL) e bispo da IURD. Com ele foram encontradas sete malas cheias de dinheiro, com notas de R$ 10,00 a R$ 100,00. Estima-se que o valor total das malas chegue a R$ 6 milhões.
Segundo a Polícia Federal ainda não se pode dizer que ocorreu um crime, porque não é proibido transportar grandes somas de dinheiro em avião particular pelo país. Contudo, o deputado deverá provar para a polícia a origem do dinheiro. João Bastista alega que o dinheiro provém do dízimo cobrado da Igreja Universal.
A Igreja Universal alega que autoriza pessoas a transportar o dinheiro arrecadado com os fiéis em seus templos para São Paulo. A IURD diz que muitas agências bancárias reclamam de não ter condições para contabilizar todo o dinheiro e que por causa disso a direção da IURD leva todo dinheiro para a capital paulista, onde os bancos são maiores e têm melhor infra-estrutura. A IURD diz que todo dinheiro transportado é em moeda nacional, com origem comprovada e legal.
O Presidente do PFL disse que iria reunir a Executiva Nacional do partido para discutir o caso.
Fontes
- Igreja Universal afirma que dinheiro é de doações de fiéis — Igreja Universal do Reino de Deus, 11 de julho de 2005
- Vannildo Mendes. Deputado detido com R$ 6 milhões é bispo da Universal [inativa] — O Estado de São Paulo, 11 de julho de 2005. Página visitada em 11 de julho de 2005
. Arquivada em 13 de julho de 2005
- Rose Ane Silveira. PFL convoca Executiva para discutir caso de deputado pego pela PF — Folha de São Paulo, 11 de julho de 2005
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