Coreia do Sul: presidente Yoon Suk Yeol declara lei marcial; analistas falam em golpe de estado
3 de dezembro de 2024
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, decretou Lei Marcial em todo país hoje e com o apoio das Forças Armadas fechou o Parlamento. Com o decreto a maioria dos direitos individuais e coletivos também foram suspensos, inclusive a atuação de veículos de imprensa.
Em transmissão nacional ele disse: “declaro a lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças anti-Estado norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo e para proteger a ordem constitucional livre".
Yeol culpou a maioria opositora do Partido Democrata de "atividades anti-estatais", mas analistas dizem que ele na verdade pretendia manter seu poder em meio à perda de força política. A tentativa "acontece em meio a um momento de perda de força política do presidente, que não tem conseguido aprovar leis na Assembleia Nacional, o parlamento do país", reportou a BBC.
Tentativa de golpe de estado
Opositores políticos e analistas chamaram a ação de tentativa de golpe de estado e o Parlamento derrubou o decreto pouco depois.
"Como parte das medidas autoritárias, tanques foram posicionados nas ruas, e o Parlamento do país foi fechado, caracterizando um evidente golpe de estado liderado pelo governo atual", escreveu a revista brasileira Fórum.
Fontes
[editar | editar código-fonte]- Presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial no país — CNN, 3 de dezembro de 2024
- Por que presidente da Coreia do Sul declarou lei marcial no país — BBC, 3 de dezembro de 2024
- Golpe militar na Coreia do Sul: tanques nas ruas e lei marcial em aliança da direita com militares — Fórum, 3 de dezembro de 2024
- Presidente da Coreia do Sul declara lei marcial, e oposição vota para derrubar decreto — G1, 3 de dezembro de 2024