Confecções para a rede espanhola Zara tem mão de obra escrava no Brasil.
Brasil • 17 de agosto de 2011
O Ministério Público do Trabalho (MPT) após flagrar trabalhadores em condições precárias, no mês de maio, em Americana, interior do Estado de São Paulo, encontrou outras duas instalações em São Paulo capital, que mantinham trabalhadores, na sua maioria estrangeiros bolivianos em condições da escravidão moderna, para confeccionar peças de roupas da marca Zara.
Segundo a auditora fiscal que participou de toda ação, Giuliana Cassiano Orlandi, nos locais onde funcionavam as fábricas, eram pequenas e corriam risco de incêndio, devido a exposição de fios elétricos, as máquinas de costuras apresentavam risco para as crianças que brincavam no local. Os quartos eram pequenos e alojavam os trabalhadores, desde casais e crianças.
Os trabalhadores estavam trabalhando em condições ilegais, sem registro ou direitos trabalhistas, ganhavam menos que um salário mínimo e eram obrigados a pagar a viajem até o Brasil e estadia. Trabalhavam 12 horas por dia durante a semana e nos finais de semana trabalhavam até as 13 horas.
Os donos das fábricas recebiam por peça R$ 7,00 reais e repassavam R$ 2,00 reais por peça para cada trabalhador. As fábricas foram fechadas e as máquinas apreendidas. A Inditex, controladora espanhola da Zara, reconheceu as irregularidades e exigiu que os responsáveis pela terceirização regularizasse a situação.
Fontes
- Bianca Pyl e Maurício Hashizume. Roupas da Zara são fabricadas com mão de obra escrava [inativa] — Repórter Brasil, 16 de agosto de 2011. Página visitada em 17 de agosto de 2011
. Arquivada em 22 de agosto de 2011 - Felipe Vanini Bruning. Zara reconhece trabalho irregular em 3 confecções de SP — Folha Online, 17 de agosto de 2011
- Vivian Pereira. Fornecedor da Zara é acusado de trabalho escravo em São Paulo — Globo.com, 17 de agosto de 2011
- Reuters. Denúncias ligam fornecedora da Zara a trabalho escravo em SP — Terra, 17 de agosto de 2011
Esta página está arquivada e não é mais editável. |