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Cobertura do The New York Times causa polêmica nos EUA

Fonte: Wikinotícias
Os escritórios principais do The New York Times em Nova Iorque.

2 de julho de 2006

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A publicação de uma notícia pelo jornal The New York Times sobre um programa secreto do governo para rastrear transações financeiras usadas por grupos terroristas criou uma polêmica nos Estados Unidos da América.

A notícia do jornal revelou detalhes do "modus-operandi" do programa. Representantes do governo disseram que o comportamento do jornal dificulta o combate ao terrorismo porque permite que, por alguns poucos dólares referentes ao preço de um jornal, qualquer criminoso do país possa ser bem informado das estratégias do governo de combate contra atividades ilegais. Segunda-feira passada (24) o Presidente George W. Bush disse que a exposição de programas do governo da forma feita pelo jornal "faz um grande mal" à segurança nacional. Líderes do partido governista planejam emitir uma resolução formal que condena as atitudes do The New York Times.

Esta não é a primeira vez que o jornal é criticado por supostamente prejudicar uma investigação. Um repórter do The New York Times foi acusado pelo Promotor de Justiça Patrick Fitzgerald de ter prejudicado uma investigação do FBI porque em dezembro de 2001 avisou a Global Relief Foundation de que as autoridades planejavam uma operação de busca em seus escritórios. A Global Relief Foundation é uma empresa filantrópica suspeita de ser fachada para o desvio de fundos para a rede Al Qaeda de Osama bin Laden, segundo o Departamento do Tesouro.

O The New York Times alega que está apenas a exercer o seu direito de livre expressão. Alguns representantes da ala política de oposição, Partido Democrata, disseram que o governo americano "promove a democracia através do mundo ao mesmo tempo em que desafia a liberdade de expressão em casa". Segundo a líder democrata da Califórnia Jane Harman: "Se alguém deseja morar numa sociedade onde jornalistas são jogados na prisão, eu encorajo-os a mudarem-se para Cuba, China ou Coreia do Norte para ver se sentirão mais seguros".

Fontes