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Chuvas causam pior desastre em seis décadas no RS; meteorologistas discordam sobre fenômeno

Fonte: Wikinotícias

5 de setembro de 2023

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O ciclone ontem com o centro já sobre o mar

Segundo o portal Metsul, o Rio Grande do Sul (RS) enfrenta a sua maior catástrofe natural em 60 anos em número de vítimas, que já chegam a 21. "Nenhum evento meteorológico nos últimos 64 anos trouxe saldo tão chocante de vítimas em um estado que passou por dezenas de grandes enchentes, ondas de tempestade e tornados, muitos ciclones e até um furacão", diz o texto publicado no portal. Algumas cidadas registraram precipitação de 400mm em 24 horas, o que equivale a quase dois meses de chuvas.

Na semana passada a Metsul havia alertado para "cenário de risco" devido à passagem de uma frente fria associada a uma área de baixa pressão. Um fluxo de umidade vindo da Amazônia piorou a situação.

A maioria das mortes, 15, aconteceu na cidade de Muçum, no Vale do Taquari, onde o Rio Taquari saiu do leito e alagou diversas outras cidades. No total, 67 municípios foram afetados em todo estado e 52.137 pessoas foram atingidas de alguma forma, com 3.084 desalojados e 1.650 desabrigados (acesse o painel com as atualizações aqui).

O governador Eduardo Leite visitou a região esta tarde, e disse: "Infelizmente, temos a confirmação de mais 15 mortes no município de Muçum. Recebemos com muita tristeza essa notícia. Tínhamos a confirmação de seis mortes até aqui, mas 15 corpos foram localizados no município de Muçum, o que eleva o número de mortes para 21. Isso nos causa imensa dor".

Dois grandes desastres seguidos

Em meados de junho passado um ciclone extratropical que se formou sobre o território gaúcho e passou sobre o nordeste do estado já tinha provocado o pior desastre natural em 40 anos no RS, com 16 mortes confirmadas.

Ciclone ou cavado?

Enquanto o portal Climatempo se referia ontem a um ciclone extratropical como sendo o causador do desastre, informação que foi replicada por diversos veículos de comunicação, incluindo os portais G1 e da CNN, a Metsul afirmava no dia 03 que o sistema era um cavado. A diferença entre os dois? Os ventos de um ciclone giram num círculo perfeito, enquanto os do cavado assumem forma oval.

Hoje o Climatempo corrigiu a informação, ou parte dela, escrevendo: "este ciclone extratropical não passou sobre o Rio Grande do Sul". Já a Metsul apagou a palavra "cavado" no texto "Sem ciclone (...)" em algum momento durante o dia.

A Wikinotícias já previa que "no fim de sua ciclogênese a área de baixa pressão se transformaria num ciclone extratropical sobre o Atlântico" e não antes. Esta tarde, inclusive, o sistema já estava em alto-mar, segundo o Climatempo.

Referências

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Fontes