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COVID-19: o que deu errado na Suécia?

Fonte: Wikinotícias

8 de maio de 2020

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Mulher de máscara em Estocolmo em março de 2020

Algo vai mal no reino da Suécia! Com apenas 373 casos fatais no dia 05 de abril, o país se vê agora com mais de 3.000 mortos por Covid, enquanto o governo local e outros, como o de Donald Trump, que criticou abertamente o país na semana passada por não ter imposto o lockdown, começam a se perguntar: o que deu errado? Michael Ryan, diretor executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), ao contrário de Trump, ainda elogiou o país na mesma semana. “Temos que olhar para a Suécia como um modelo de ação”, disse.

O que deu errado?

A Suécia, ao contrário de outros vizinhos nórdicos, como a Dinamarca, a Finlândia e a Noruega, não impôs qualquer medida de isolamento social obrigatório. O governo preferiu incentivar a “responsabilidade individual”, apenas “sugerindo” ou “solicitando” o distanciamento. E isto não foi suficiente!

Segundo uma pesquisa do Google com base em dados móveis coletados em todo o mundo, na Suécia as pessoas continuaram agindo normalmente durante as últimas semanas. Atividades de entretenimento, como ir a restaurantes e cafés, tiveram queda de apenas 13% no país, enquanto que no vizinho reino da Noruega, por exemplo, esta queda foi de 43%. O The Local reportou que “nas estações de trem, pontos de ônibus e locais semelhantes, a atividade na Suécia caiu 31%, em comparação a 56% na Finlândia”.

No entanto, mesmo com os casos crescendo nas últimas semanas, o governo não anunciou, até agora, medidas mais extremas, como o confinamento obrigatório (lockdown). Ao contrário! Serviços não-essenciais, como bares e cafeterias, continuam funcionando. Também não há qualquer restrição para o funcionamento de creches e escolas para menores de 16 anos.

Hoje, o país tem praticamente seis vezes mais mortes por Covid-19 do que o 2º no ranking entre os Países Nórdicos, a Dinamarca.

Idosos em casas de repouso: o grupo mais atingido

O país, onde morreram muitos idosos em casas de repouso (cerca de 50% do total de mortes), mais do que na Dinamarca e Noruega, por exemplo, tampouco impôs regras para o funcionamento destes locais durante a pandemia. Dias atrás, a Agência de Saúde Pública, depois de falar com administradores de asilos, disse que a possibilidade de infecção nestes locais havia sido, possivelmente, através de visitas de familiares, contágio através de trabalhares assintomáticos, a chegada de novos moradores e a volta de idosos que estavam internados em hospitais.

A agência, especialmente preocupada com os lares das regiões de Estocolmo e Södermanland, acabou admitindo que "havia lições para aprender".

Casos de mortes reportadas nos Páises Nórdicos até 08 de maio

  1. Suécia: 3.040
  2. Dinamarca: 514
  3. Finlândia: 255
  4. Noruega: 209
  5. Islândia: 10

Fontes