AGOA: Guineenses desconhecem vantagens da legislação americana

Fonte: Wikinotícias

Agência VOA

15 de março de 2017

Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram LinkedIn Reddit
Email Facebook Twitter WhatsApp Telegram

 

A lei americana que promove a exportação de produtos de países africanos para os Estados Unidos, AGOA, é uma oportunidade desconhecida pela maioria dos empresários na Guiné-Bissau.

Em consequência, conta-se um número reduzido dos operadores económicos da Guiné-Bissau que assume o mercado norte-americano como um espaço de oportunidade de negócio para os seus produtos.

"Já ouvi falar sobre esta lei, mas não tive oportunidade de ter este mercado aberto, onde o nosso produto deve ter uma aceitação porque temos produtos biológicos, sem produto químico e sem qualquer estrutura ou produto natural", diz António da Silva Monteiro, empresário agrícola, com uma larga experiência de exportação de frutas para o estrangeiro.

Um percurso que vem desde os anos 80.

Óleo de palma, mandioca, vinho de caju, manga e mel são os principais produtos de exportação do empresário guineense, de origem cabo-verdiana.

Portugal, Cabo Verde, Senegal, Gâmbia e Guiné-Conacri constituem, catualmente, os mercados de exportação da Ecofruta.

António da Silva Monteiro, vulgarmente conhecido por Tutu Silva, espera poder chegar ao mercado norte-americano, aproveitando a oportunidade de AGOA.

O especialista em comércio internacional, Midana Sambú, considera que as razões que estão na base de não aproveitarmos de AGOA por parte das empresas da Guiné-Bissau:

"Praticamente não temos aproveitado esta janela de oportunidade, não só pelo facto de conhecimento, mas também porque a nossa estrutura de produtiva nacional, tem produzido muito pouco", acrescenta,

O especialista aponta, todavia, os mecanismos que possam ajudar as empresas guineenses a ter acesso ao mercado dos Estados Unidos:

"Precisamos incentivar a produção interna e não deve ser só ponto de vista quantitativo, mas também qualitativo, que passe pelo respeito por um cadernos de encargos por parte destas empresas que pretendem exportar, ou seja instalação e manutenção do rigor no quadro de produção, primeiro, e segundo, manter ao nível do respeito das exigências impostas pelos Estados Unidos para que possamos aproveitar desta oportunidade", concluiu Sambú.

Fontes