Venezuelanos no Brasil enfrentam obstáculos no acesso a serviços sociais e ao mercado de trabalho

Fonte: Wikinotícias

19 de maio de 2021

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Cerca de 260.000 migrantes venezuelanos que vivem no Brasil “enfrentam obstáculos no acesso aos serviços sociais, ao mercado de trabalho formal e ao sistema educacional”, diz um novo estudo realizado em conjunto pelo Banco Mundial e o ACNUR.

Segundo o documento, muitos dos obstáculos enfrentados pela diáspora venezuelana no Brasil derivam das “barreiras linguísticas e das dificuldades que surgem para comprovar as competências profissionais ou validar a documentação que ampara sua formação educacional”.

Rovane Battaglin Schwengber, especialista em proteção social do Banco Mundial, explicou que o estudo foi realizado no período entre 2017 e 2020, levando em consideração dados “censitários e administrativos”.

“Esperamos que nossas recomendações ajudem os venezuelanos a encontrar um lar no Brasil”, disse Schwengber.

Dentre as informações divulgadas, destaca-se que, apesar de o nível de escolaridade da população venezuelana no Brasil ser igual ao dos cidadãos daquele país, os primeiros têm 64% menos chances de conseguir um emprego em relação aos seus. Contraparte brasileira.

Além disso, as crianças venezuelanas têm 53% menos probabilidade de frequentar a escola. De acordo com o censo educacional de 2020, apenas 37.700 menores da Venezuela foram matriculados na escola, em contraste com as crianças nativas.

Os menores que frequentam a escola enfrentam situações como: escolas superlotadas e falta de professores que falem a sua língua, entre outras.

O estudo revela ainda que apenas 12% da população venezuelana em idade produtiva no Brasil tem emprego formal e, em geral, tende a trabalhar mais, seus salários são inferiores aos dos brasileiros e sua estabilidade no emprego em muitos casos é precário.

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