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União Européia estuda exigir visto para turistas latino-americanos

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

Brasil • 18 de abril de 2008

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Foz do Iguaçu (PR) - Oficiais de polícia de Espanha e Portugal disseram hoje (18), durante a Oficina de Cooperação e Coordenação de Policiais do Mercosul para o Enfrentamento do Tráfico de Pessoas, promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Foz do Iguaçu, no Paraná, que a Europa estuda implementar visto para a entrada de turistas latino-americanos.

“Com a dificuldade de entrada nos Estados Unidos e a desvalorização do dólar, há um fluxo imenso de migrantes latino-americanos para a Europa. E quando há um desequilíbrio assim a tendência é de compensar de alguma forma. Essa forma pode ser o visto”, disse Isabel Burke, adida policial portuguesa, que trabalha com a Polícia Federal brasileira, em Brasília.

Segundo ela, atualmente a maior comunidade estrangeira em Portugal é de brasileiros. E entre as prostitutas," as brasileiras são muito mais numerosas do que as portuguesas”.

O adido espanhol Jose Emidio Morgade Lopo, que também vive em Brasília, concordou com Burke sobre a possibilidade da implementação de visto para turistas, já que os imigrantes ilegais – traficados ou não – entram geralmente dessa forma na Europa.

Segundo ele as brasileiras estão entre as vítimas do tráfico de pessoas mais numerosos na Espanha, e as medidas de deportação e repatriamento delas "são sem dúvida menos penosas do que elas passariam lá, nas mãos do tráfico”.

Depois que elas entram na Europa, segundo Lopo, é muito mais difícil alcançar as garotas que viram prostitutas, espontaneamente ou não. “Elas são deslocadas de cidade ou de país a cada quinze dias, para que não criem vínculos, especialmente não casem, porque se as organizações perdem a garota, perdem também o cliente que era assíduo”, explica o policial espanhol.

Os dois policiais explicaram que o “Acordo de Schenegen”, assinado pela maior parte dos países da Europa, implementou um modelo de trânsito de pessoas que faz com que o fluxo seja livre e que só haja controle de imigração nas entradas do Continente.

“Como lá dentro não há qualquer controle de passagem, todos os membros adotaram o mesmo rigor quando são portas de entrada. Foi isso que gerou confiança entre as autoridades”, explicou Isabel Burke.

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