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Ucrânia planeja tomar usina nuclear russa, diz Moscou

Fonte: Wikinotícias

5 de novembro de 2024

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A Ucrânia planejava tomar uma usina nuclear durante sua incursão em larga escala na região de Kursk, disse o Ministério da Defesa em Moscou, acrescentando que as autoridades em Kiev presumiram incorretamente que um acidente potencial só seria prejudicial à Rússia.

Falando em uma coletiva de imprensa, o tenente-general Igor Kirillov, chefe das Forças de Defesa Radiológica, Química e Biológica da Rússia (RChBD), afirmou que um dos alvos prioritários da Ucrânia para a incursão de agosto – que já foi contida – era a usina nuclear de Kursk, localizada a cerca de 60 km da fronteira, informou a RT.

Ele também afirmou que o Ministério da Defesa teve acesso a um relatório do Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia, que descartou quaisquer perigos para o país decorrentes dessa operação. O documento, disse o general, insistia que "apenas a Federação Russa seria exposta à contaminação radioativa em caso de acidente" por causa da direção do vento.

"No entanto, é mais provável que a situação possa ter se desenvolvido de acordo com um cenário completamente diferente ... No caso de um acidente em grande escala na usina nuclear, as substâncias radioativas teriam se espalhado por uma parte significativa da Europa, como foi o caso do acidente na usina nuclear de Chernobyl", destacou Kirillov.

O Ministério da Defesa também observou que Kiev planejava enviar 20.000 soldados, 27 tanques, 50 veículos blindados e dezenas de peças de artilharia e sistemas de mísseis para capturar a instalação.

Depois de não conseguir tomar a central nuclear de Kursk, a Ucrânia tentou recapturar a central nuclear de Zaporozhye, a maior instalação desse tipo na Europa, que está sob controle russo desde os primeiros dias do conflito, disse Kirillov. Segundo o general, as forças especiais ucranianas planejavam atingir esse objetivo, mas a operação foi frustrada pelas ações preventivas das tropas russas.

Kirillov também acusou a Ucrânia de "chantagem nuclear" de longa data. Em particular, ele citou o plano declarado de Vladimir Zelensky de tornar o país uma potência nuclear novamente em fevereiro de 2022 e sua recente conversa com o candidato presidencial republicano dos EUA, Donald Trump, na qual o líder ucraniano pediu adesão acelerada à OTAN ou permissão para adquirir armas nucleares para dissuadir a Rússia.

"A operação militar especial impediu a Ucrânia de implementar seu próprio programa nuclear", disse o general, referindo-se à guerra Rússia-Ucrânia.

Ele alertou, no entanto, que Kiev tem conhecimento técnico suficiente para criar uma "bomba suja", uma combinação de explosivos convencionais com material radioativo que pode espalhar radiação sobre uma área alvo.