UNTA pede actualização de salário mínimo em Angola
5 de maio de 2016
Em Benguela, a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA) exige que os seus sindicatos conheçam o impacto da inflação na vida dos funcionários, numa altura em que o debate em torno do salário mínimo nacional volta à baila em Angola.
Num apelo à luta pelos direitos sociais e laborais da classe trabalhadora, a UNTA agarra-se ao baixo poder de compra face à subida dos produtos da cesta básica.
No plano político, a Unita promete uma nova proposta salarial, sendo certo que os 500 dólares anteriores não se ajustam ao contexto actual, marcado pela desvalorização da moeda nacional.
Acredita-se que até finais do mês em curso, no pior dos cenários, o grupo técnico criado pelo Governo apresente uma proposta de revisão salarial, mas as discussões sobre a matéria continuam acesas.
A UNTA refere que as organizações sindicais não devem ficar de braços cruzados porque é preciso conhecer o impacto da inflação, à semelhança do que fez o Sindicato da Saúde e Administração Pública, num exercício que descortinou endividamentos de funcionários e gastos excessivos na alimentação e transporte.
“Desta forma, conseguiremos fazer uma análise exaustiva daquilo que é a necessidade primária dos trabalhadores a nível da província de Benguela’’, sustenta o secretário-geral adjunto da maior central sindical do país, de Albano Calei.
500 dólares equivalem agora a 250 mil kwanzas
No campo político, o deputado Alberto Ngalanela, secretário da UNITA, anuncia uma nova proposta salarial.
“No programa eleitoral passado, apresentámos o equivalente a 500 dólares. O nosso grupo parlamentar vai tratar de apresentar uma outra proposta, ajustada à realidade actual, mas o nosso compromisso é dar salário digno num país com outros recursos para além do petróleo’’, garante Ngalanela.
Na actualidade, 500 dólares são equivalentes a 250 mil kwanzas e podem representar o salário de um quadro sénior da administração pública.
Fonte
- João Marcos. UNTA pede actualização de salário mínimo — Voz da América, 5 de maio de 2016
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