UNESCO lança novas iniciativas para “ecologizar a educação” nas salas de aula

Uma abelha extrai o néctar da flor

6 de junho de 2024

 

No Dia Mundial do Ambiente, a UNESCO revela novas ferramentas para tornar as escolas e os currículos mais ecológicos, destacando a necessidade de capacitar os jovens para desempenharem um papel concreto no combate à crise climática.

Uma análise da UNESCO de 100 quadros curriculares nacionais em 2021 revelou que quase metade (47%) não menciona as perturbações climáticas. Apenas 23% dos professores sentiram-se capazes de abordar adequadamente a ação climática nas suas salas de aula e 70% dos jovens inquiridos não conseguiram explicar as perturbações climáticas e expressaram preocupações sobre a forma como esta é atualmente ensinada.

Na sequência desta análise, Audrey Azoulay, Diretora Geral da UNESCO, fez da educação ambiental uma prioridade em termos do apoio que a Organização presta aos seus Estados Membros. A UNESCO tem liderado a Parceria para uma Educação Ecológica [[1]], à qual já aderiram mais de 80 Estados-Membros e que permite a colaboração entre mais de 1.300 organizações, incluindo agências da ONU, sociedade civil e organizações juvenis, bem como o sector privado. Esta comunidade fornece aos países ferramentas essenciais para reforçar o papel da educação no combate às perturbações climáticas.

Foco insuficiente na aprendizagem orientada para a ação

Se progresso significativo foi feito nos últimos três anos pelos Estados-Membros da UNESCO para integrar temas ambientais nos currículos, um novo relatório co-publicado hoje pela Organização adverte que a educação formal se concentrou demasiado em transmitir conhecimentos sobre questões ambientais, em vez de impulsionar acção e não consegue mostrar aos alunos o papel que podem desempenhar no combate à crise climática. O relatório defende que a educação para o desenvolvimento sustentável também deve centrar-se em experiências de primeira mão que têm maior probabilidade de conduzir à mudança.

Para este efeito, a UNESCO promove hoje uma ferramentas concreta para os seus Estados-Membros e comunidades educativas em todo o mundo:

O novo Guia Curricular de Ecologização da UNESCO é um manual prático que fornece, pela primeira vez, um entendimento comum sobre em que deve consistir a educação climática e como os países podem integrar tópicos ambientais nos currículos, com resultados de aprendizagem esperados detalhados de acordo com a faixa etária (dos 5 anos até aos 5 anos). - maiores de 18 anos). Ele se concentra na importância de promover a aprendizagem ativa e projetar uma série de atividades práticas.

Sobre a UNESCO

Com 194 Estados-Membros, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura contribui para a paz e a segurança, liderando a cooperação multilateral em matéria de educação, ciência, cultura, comunicação e informação. Com sede em Paris, a UNESCO tem escritórios em 54 países e emprega mais de 2.300 pessoas. A UNESCO supervisiona mais de 2.000 sítios do Patrimônio Mundial, Reservas da Biosfera e Geoparques Globais; redes de Cidades Criativas, Aprendentes, Inclusivas e Sustentáveis; e mais de 13 000 escolas, cátedras universitárias, instituições de formação e investigação associadas. Sua Diretora Geral é Audrey Azoulay.

“Uma vez que as guerras começam nas mentes dos homens, é nas mentes dos homens que as defesas da paz devem ser construídas” – Constituição da UNESCO, 1945.

Fontes

• ((en)) UNESCO launches new initiatives for “greening education” in classrooms — UNESCO, 6 de junho de 2024