Trump retirará os Estados Unidos do acordo climático de Paris
10 de novembro de 2024
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está buscando reformular as políticas energética e ambiental, com o objetivo de desmantelar a chamada agenda "woke" e eliminar programas que impedem o crescimento econômico do país, informou o The New York Times, citando fontes familiarizadas com o assunto.
A equipe de transição energética e ambiental de Trump já preparou "uma lista de ordens executivas e proclamações presidenciais sobre clima e energia", de acordo com o artigo publicado na sexta-feira. As medidas supostamente incluem o abandono dos Estados Unidos do Acordo de Paris – um tratado internacional sobre mudanças climáticas adotado em 2015, informou a RT.
Remodelar os limites dos monumentos nacionais Bears Ears e Grand Staircase-Escalante, no sul de Utah, para abrir terras para perfuração e mineração, também está na agenda. A área protegida foi ampliada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em 2021.
A equipe de Donald Trump também deve descartar as chamadas iniciativas de justiça ambiental de Biden, que favorecem o desenvolvimento de energia limpa e a redução da poluição. Isso envolve o fim da suspensão das licenças para novos terminais de exportação de gás natural, entre outras coisas.
A publicação observou que Trump está planejando nomear um "czar da energia" para substituir o "czar do clima" de Biden. A função será dedicada à simplificação das políticas relacionadas à produção de petróleo, gás e carvão, a fim de aumentar a oferta em vez de limitar a demanda. O governador de Dakota do Norte, Doug Burgum, que anteriormente ajudou a abrir milhões de acres de terras públicas para fracking, e o ex-secretário de energia Dan Brouillette, estão sendo considerados para o cargo.
Outros planos incluem a realocação de agências federais, incluindo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), para fora de Washington. Anteriormente, Trump argumentou que esses departamentos e agências federais deveriam ser transferidos para "lugares cheios de patriotas que amam a América".
"É assim que vou destruir o estado profundo", disse ele em um vídeo de campanha no ano passado.
Embora os funcionários da EPA discordem da mudança, os aliados de Trump dizem que o modelo de transição é baseado nas políticas do governo Biden ao contrário, quando "centenas de funcionários" foram contratados no primeiro dia para implementar iniciativas de mudança climática.
"Eles têm o modelo do que Biden fez no primeiro dia, na primeira semana, no primeiro mês", disse Myron Ebell, que liderou a transição da EPA sob o primeiro mandato de Trump. "Vamos ver o que Biden fez e colocar um 'não' na frente disso."
Nas negociações climáticas das Nações Unidas no ano passado, os Estados Unidos e outros paises concordaram em fazer a transição do petróleo, gás e carvão para combater as mudanças climáticas. Os apelos iniciais por uma "eliminação gradual" completa dos combustíveis fósseis foram rejeitados pelos principais exportadores de petróleo, como Arábia Saudita e Iraque.
Uma das promessas eleitorais de Trump foi acabar com os projetos de energia renovável, chamando-os de "farsa", argumentando que a energia acessível é fundamental para a economia dos Estados Unidos.
Fontes
[editar | editar código-fonte]- ((en)) Trump to Pull US Out of Paris Climate Agreement — Tasnim News Agency, 10 de novembro de 2024
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