Senador Jean Paul Prates diz que governo Bolsonaro está "sem rumo"
30 de março de 2021
As demissões do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, causaram repercussão entre os senadores. O presidente Jair Bolsonaro também fez mudanças em outras pastas nesta segunda-feira (29).
Na avaliação do senador Fabiano Contarato (Rede-ES), “o que se observa no país é um governo acéfalo, que se destrói por autofagia, aliado do coronavírus e incapaz de salvar os brasileiros da morte na pandemia". Ele também fez o seguinte questionamento: "A saída de mais um ministro indica que os militares vão pular do barco afundando?”.
Para Jean Paul Prates (PT-RN), o governo de Jair Bolsonaro encontra-se “em queda" e "sem rumo”: “Um governo que prefere as teorias negacionistas a abraçar a ciência e salvar vidas. Pessoas dignas e de caráter dificilmente aceitarão estar em um barco comandado por este presidente, que está nitidamente levando o país a um naufrágio. A saída dos titulares de dois importantes ministérios (Relações Exteriores e Defesa) da equipe de Bolsonaro é a sinalização de um governo em queda. Um governo sem rumo que tem destruído o país e a imagem do Brasil. Um governo que negligencia a saúde e a educação no Orçamento.”
- “Desmantelo”
Ao comentar a saída do ministro da Defesa, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que o governo de Jair Bolsonaro representa um “desmantelo”.
“Aqui em Pernambuco a gente chama esse governo Bolsonaro de desmantelo. Mas pense num desmantelo grande. Agora, o general Fernando Azevedo pediu demissão do Ministério da Defesa. O último que sair apague a luz. De manhã, cai o ministro do ataque. De tarde, o da defesa. Mas o jogo só vai melhorar quando cair o técnico”, afirmou Humberto Costa, ex-ministro da Saúde de 2003 a 2005.
Nas redes sociais, o senador Alvaro Dias (Podemos-PR) reproduziu trechos de matérias jornalísticas segundo as quais o comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, pode ser “o próximo a cair”. Em ocasião anteriores, Pujol já havia dito que os “militares não são parte da política e não querem política nos quartéis”.
A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) também comentou a demissão do ministro da Defesa: “Lamento a saída do ministro da defesa, general Fernando Azevedo e Silva. Que Deus abençoe o nosso Brasil”.
Fontes
- Senadores repercutem demissões de chanceler e ministro da Defesa — Senado Federal do Brasil, 30 de março de 2021
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