SADC procura resposta colectiva à violência terrorista em Cabo Delgado

Fonte: Wikinotícias

8 de abril de 2021

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Na abertura da cimeira de Chefes de Estado da SADC a decorrer esta quinta-feira em Maputo, o Presidente do Botswana, Mokgweetsi Masisi, afirmou que “os ataques terroristas no norte de Moçambique são uma ameaça a toda a região da África Austral sendo por isso necessária uma resposta colectiva.”

A violenta escalada de uma insurreição no norte de Moçambique no mês passado suscitou novas preocupações sobre a segurança na África Austral, uma região que tem gozado de relativa estabilidade nas últimas décadas.

A cimeira foi convocada com carácter de urgência para debater a violência armada em Cabo Delgado, norte de Moçambique, na sequência do ataque a Palma, a 24 de Março, por insurgentes que originou a fuga de milhares, a morte de dezenas entre os quais alguns estrangeiros.

O ataque ocorreu não longe dos portōes do mega-projecto de gás natural da TOTAL, em Afungi, o que levou a companhia francesa a suspender todas as operações e retirar os empregados.

No discurso de abertura da cimeira, Masisi que preside ao orgão de política de defesa e Segurança da SADC enfatizou que os ataques em Cabo Delgado são ataques mais do que apenas contra Moçambique, mas contra toda “a região e toda a humanidade pelo seu carácter terrorista.”

Masisi referiu o sofrimento provocado por estes ataques em termos humanos, e também de infraestrutuas destruídas.

Com esta cimeira pretende-se definir medidas concretas para lutar contra a ameaça terrorista para a região Austral africana, uma vez que há receio de que com a fronteira de Moçambique com vários países da região caso não seja contida a ameaça que representa a insurgência em Cabo Delgado se poderá alastrar a outros países.

O ataque e o controlo de Palma foram reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico, mas as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas reassumiram completamente o controlo da vila, conforme anunciado pelo porta-voz das operações no norte, Chongo Vidigal, e reafirmado depois pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.

Fontes