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Renamo critica decisão do Conselho Constitucional e promete luta política

Fonte: Wikinotícias
Moçambique.

Agência VOA

António Muchanga regiu à recusa do CC em analisar o recurso da Renamo que pediu a anulação das eleições em Moçambique.

Moçambique • 5 de dezembro de 2014

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O Conselho Constitucional de Moçambique rejeitou o recurso da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) que pediu a anulação das eleições de 15 de Outubro por irregularidades e fraude generalizada.

O Tribunal Superior justificou a sua decisão com falta de fundamentos, posição prontamente rejeitada pelo porta-voz da RENAMO.

A decisão do Conselho Constitucional foi comunicada ontem (3) à RENAMO que, em conferência de imprensa hoje, disse, através do seu porta-voz António Muchanga que o Conselho Constitucional perdeu “a oportunidade de demonstrar que as leis devem ser cumpridas por todos e não apenas pelas vítimas de actos macabros de fraude generalizada, que caracterizou as eleições de 15 de Outubro”.

Em declarações à VOA a partir de Maputo, Muchanga afirmou não ter ficado surpreendido com a recusa do Conselho Constitucional.

“O presidente do Conselho Constitucional disse logo após as eleições que os partidos deviam aceitar o resultado das eleições sem importar de que forma”, acusou Muchanga que, por isso, não esperava outra decisão.

Para o porta-voz da RENAMO, há uma crise no horizonte que o Governo e os órgãos do Estado não a vêem.

“Vamos continuar com a luta política e a luta de massas, será a população, que foi quem votou, que vai dizer o seu voto”, disse o porta-voz da RENAMO a reiterar as posições do partido liderado por Afoson Dhlakama.

A rejeição do recurso da RENAMO pelo Conselho Constitucional segue-se a uma medida idêntica tomada pelo órgão em relação a um recurso do Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

Agora, para completar este ciclo eleitoral, cabe ao Conselho Constitucional ratificar os resultados gerais apresentados pela Comissão Nacional de Eleições.

Os novos eleitos, o Presidente da República e os deputados devem tomar posse em Janeiro.

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Fontes