Relatório do TCU indica bloqueio de quatro obras no Orçamento de 2021

Fonte: Wikinotícias

10 de março de 2021

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A Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso Nacional recolheu nesta quarta-feira (10), em audiência pública, informações sobre obras e serviços que poderão ser bloqueados na proposta orçamentária para 2021 (PLN 28/20).

Edifício do TCU

O relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) para a CMO aponta neste ano quatro obras com indícios de regularidades graves que devem ser objeto de bloqueio na execução física, orçamentária e financeira. Em relação ao ano passado, é a mesma quantidade de itens, mas houve uma alteração na lista.

Em 2019 já havia recomendação para o bloqueio do Canal do Sertão Alagoano; da construção da BR-040 no Rio de Janeiro; e da adequação na BR-116 na Bahia. A relação deste ano inclui a ampliação da BR-290 no Rio Grande do Sul.

Os impasses são maiores no caso do Canal do Sertão Alagoano. O trecho 5, alvo do TCU, não sai do papel por falhas desde o projeto – e eventuais alternativas podem afrontar a Lei das Licitações (8.666/93). De outro lado, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que não há dinheiro para a obra em 2021.

Para o TCU, a lista de obras com indícios de regularidades graves e que devem ser bloqueadas encolheu nos últimos anos devido, em parte, aos avanços na fiscalização prévia e à classificação mais restritiva adotada ao longo do tempo.

O Comitê de Avaliação das Informações sobre Obras e Serviços com Indícios de Irregularidades Graves (COI), um dos colegiados internos da CMO, organizou a atividade nesta tarde. É uma das etapas para a elaboração do Orçamento.

Cabe ao COI, cujo coordenador é o deputado Ruy Carneiro (PSDB-PB), analisar as informações enviadas pelo TCU e propor, se for o caso, o eventual bloqueio da execução física, orçamentária e financeira das obras e serviços citados.

Outros casos

Na reunião do COI, o deputado Ruy Carneiro também recebeu detalhes sobre obras em Porto Velho. Auditoria do TCU apontou falhas em licitação no valor de R$ 61 milhões para serviços de drenagem, pavimentação asfáltica e meio-fio.

Para assegurar a continuidade dos trabalhos (30% já haviam sido executados), foi sugerido corte de quase R$ 4,8 milhões nos custos. A Prefeitura de Porto Velho e a empreiteira chegaram a acordo. O TCU ainda se manifestará sobre o caso.

Carneiro colheu ainda dados sobre o sistema adutor do ramal Piancó, etapa da transposição do rio São Francisco na Paraíba cuja licitação será refeita; e sobre a ampliação do sistema de veículos leves sobre trilhos (VLT) em Natal, já retomada.

Fontes