Relatório "Homicídios na Adolescência" é divulgado no Brasil

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

Brasília, Distrito Federal, Brasil • 21 de julho de 2009

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Foram divulgados hoje (21), por Observatório de Favelas, Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de janeiro (UERJ), o estudo do relatório em diz que o jovem brasileiro entre 15 a 24 anos morrem cada vez mais cedo no país. As organizações divulgam o índice desenvolvido no âmbito do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL). A íntegra do estudo pode ser consultada na internet.

A pesquisa também indica que, para adolescentes do sexo masculino, o risco de ser assassinado é 11,9 vezes maior se comparado ao de mulheres na faixa de 12 a 18 anos. O estudo traz apenas comparativos por cor e gênero e não apresenta os índices de mortes entre jovens negros, brancos, do sexo masculino e feminino. O risco de ser assassinado é 2,6 vezes maior entre adolescentes negros do que entre brancos.

A média do Índice de Homicídios na Adolescência é de 2,03 jovens vítimas de assassinato antes de completarem 19 anos. A estimativa é que, de 2006 a 2012, o número de adolescentes assassinados no Brasil ultrapasse 33 mil.

A coordenadora do PRVL, do Observatório de Favelas, Raquel Willadino, traçou um perfil dos adolescentes que mais morrem por homicídio no Brasil: são meninos, negros e moradores de favelas ou de periferias dos centros urbanos. Segundo ela, há ainda forte relação com o tráfico de drogas.

Cidades
Capitais

Maceió é a capital com a maior média de adolescentes assassinados, de acordo com dados do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA). Na capital alagoana, 6,03 jovens morrem em cada grupo de mil adolescentes com idade entre 12 e 18 anos. Em seguida, vêm Recife, com 6, e o Rio de janeiro, com 4,9.

Capitais como Vitória, Belo Horizonte e Porto Velho também estão na lista de cidades que apresentam, segundo o estudo, "níveis consideráveis de vitimização de jovens”. Nesses municípios, em torno de quatro adolescentes em cada mil morrem por causa da violência.

A estimativa é de que, apenas no Rio de janeiro, 3.423 adolescentes sejam assassinados entre 2006 e 2012. As capitais devem concentrar 15.715 das mais de 33 mil mortes estimadas para o período nas cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.

Interior

Dados do ÍHA mostram que em Foz do Iguaçu, no Paraná, cerca de dez jovens entre mil adolescentes são vítima de assassinato. A cidade registra o maior índice (9,7) de jovens assassinados em cada grupo de mil adolescentes, considerando a idade entre 12 e 18 anos. O valor é mais de três vezes superior à média nacional. Em seguida, vêm Governador Valadares, em Minas Gerais, com 8,5, e Cariacica, no Espírito Santo, com 7,3. O estudo avaliou 267 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.

Regiões

A Região Sudeste concentra a maioria dos municípios com altos IHA. Os locais onde há maior concentração de homicídios entre os jovens a região metropoliatana de Belo Horizonte (MG), com quatro mortes em cada grupo de mil, o entorno de Vitória (ES), com 4,3 mortes, e a região metropolitana do Rio de janeiro (RJ), com 4,9.

Na Região Norte, o município de Marabá (PA) registra a situação considerada “mais grave” pela pesquisa em termos de vidas perdidas na adolescência, com o IHA de 5,2 mortes em cada grupo de mil. A cidade foi a única da região a registrar média superior a cinco. Macapá (AP) e Porto Velho (RO) ficaram com valores entre três e cinco jovens assassinados.

No Nordeste brasileiro existem “pequenos conglomerados” de municípios com alta incidência de violência contra adolescentes. A cidade de Petrolina (PE) registrou índices acima de três mortes para cada mil, junto a Ilhéus (BA) e João Pessoa (PB).

Na Região Centro-Oeste, Luziânia (GO) apresentou o maior valor em meio aos índices registrados: 5,4 adolescentes assassinados. A maioria dos demais municípios, de acordo com o estudo, possui baixos níveis de IHA. Mesmo em capitais como Goiânia (GO), Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT), a média fica entre um e três.

No Sul, todas as regiões que se destacam por conta dos altos índices e violência contra adolescentes ficam no estado do Paraná: Região Metropoliatana de Curitiba, norte central e oeste paranaense, já próximo à fronteira. O recorde não apenas da região mas de todo o país ficou com a cidade de Foz do Iguaçu, onde 9,7 adolescentes são assassinados em cada grupo de mil.

Fontes