Protesto pede libertação de detidos durante manifestação em Luanda
26 de outubro de 2020
Cerca de 200 pessoas gritaram por liberdade em frente ao Tribunal Provincial de Luanda em protesto contra a prisão de 103 ativistas e políticos que estão a ser julgados de forma sumária nesta segunda-feira.
Os detidos começaram a chegar por volta das 11 horas, enquanto familiares e amigos permaneceram do lado de fora do tribunal, também fortemente protegido.
Eles começaram a ser encaminhados para a sala de audiências por volta das 16 horas (horário local). Entre eles está o secretário-geral do braço juvenil da UNITA.
Os seis jornalistas detidos enquanto faziam a cobertura da manifestação já têm ordem de soltura e aguardam as formalidades para serem colocados em liberdade, disse o secretário-geral do Sindicato de Jornalistas Angolanos, Teixeira Cândido.
Entretanto, os detidos não conseguiram ainda falar com advogados de defesa.
A Polícia Nacional (PN) reprimiu a manifestação por considerar que violava o decreto presidencial que impõe um limite à aglomeração de pessoas em meio a pandemia do novo coronavírus.
O secretário de Estado do Interior, Salvador Rodrigues, e a governadora da Luanda, Joana Lima, fizeram declarações em defesa da atuação da polícia.
Rodrigues disse haver “interesses confessos” por detrás dos ativistas e que “vão ter de explicar no tribunal os seus motivos”.
Já Joana Lima classificou a manifestação como um "ato de vandalismo" e avisou haver “interesses confessos” dos que incentivam os ativistas a protestaram.
Fontes
- Protestos em frente ao Tribunal Provincial de Luanda pedem libertação de detidos durante manifestação — Voz da América, 26 de outubro de 2020
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