Presidente da Guiné-Bissau diz que ataque pode estar relacionado com narcotráfico

Fonte: Wikinotícias

2 de fevereiro de 2022

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A capital da Guiné-Bissau parecia calma após uma aparente tentativa de golpe na terça-feira.

O presidente Umaro Sissoco Embalo, ex-general do exército, discursou à nação na noite de terça-feira. Ele apareceu em um vídeo postado na página da presidência no Facebook para descrever o ataque.

"Não foi apenas um golpe. Foi uma tentativa de matar o presidente, o primeiro-ministro e todo o gabinete", disse ele. No início da terça-feira, tiros teriam eclodido em um complexo em Bissau, onde o presidente estava realizando uma reunião do Gabinete.

Embalo disse que o ataque "foi bem preparado e organizado e também pode estar relacionado a pessoas envolvidas no tráfico de drogas", segundo um relatório da Reuters. Ele não deu mais detalhes no vídeo.

Não ficou claro se houve feridos ou mortos. Também não ficou claro quem estava por trás da aparente tentativa de golpe, que a Reuters caracterizou como "parada".

Em um comunicado divulgado no Twitter, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), um bloco regional de 15 estados da África Ocidental, chamou o ataque de golpe.

“A CEDEAO condena esta tentativa de golpe e responsabiliza os militares pela integridade corporal do Presidente Umaro Sissoco Embalo e dos membros do seu governo”, refere o comunicado.

Embalo foi declarado vencedor das eleições de 2020, mas os resultados foram contestados pelo seu adversário, Domingos Simões Pereira.

Embalo começou a formar um novo governo com o apoio dos militares, mesmo enquanto uma contestação da Suprema Corte à eleição estava em andamento.

O porta-voz das Nações Unidas disse que o secretário-geral António Guterres está "profundamente preocupado com as notícias de intensos combates em Bissau" e pediu "o fim imediato dos combates e o pleno respeito pelas instituições democráticas do país".

O país de 1,5 milhão de pessoas conquistou a independência de Portugal em 1974 e já passou por quatro golpes e mais de 12 tentativas de golpe desde então, informou a Associated Press.

Desde agosto de 2020, golpes militares ocorreram nos países da África Ocidental de Mali, Guiné e Burkina Faso.

Fontes