Polícia do Maranhão prende 16 suspeitos após ataques a ônibus em São Luís e Região Metropolitana

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

Maranhão • 22 de setembro de 2014

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A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão informou hoje que 16 suspeitos de participar dos incêndios a seis ônibus e uma van, no último final de semana, nas cidades de São Luís (capital do Estado do Maranhão), São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa foram presos de ontem para hoje. A polícia investiga se a ordem para os ataques que aterrorizaram a população da capital do estado no último sábado (20) e domingo (21) foi dada a partir do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, maior estabelecimento prisional do Maranhão.

Em nota, a secretaria informou que continua investigando a autoria dos atentados e que “todas as medidas foram tomadas para garantir a segurança da população”, sem citar, no entanto, quais ações estão sendo adotadas.

A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária informou à Agência Brasil que investiga uma mensagem de áudio, divulgada nas redes socais, em que internos de Pedrinhas relacionam a ordem para os ataques a ônibus na capital a mudanças no esquema de visitas e ao suposto corte no fornecimento de água e luz no estabelecimento prisional.

Há duas semanas, 49 presos fugiram de Pedrinhas. No dia 10 deste mês, 36 detentos escaparam depois que bandidos obrigaram o motorista de um caminhão a lançar o veículo contra o muro do complexo, abrindo um grande buraco no concreto. Seis dias depois, 13 detentos deixaram a unidade por um túnel cavado a partir do Presídio São Luís 1. Na segunda-feira (15), o diretor do centro, Cláudio Barcelos, foi preso e exonerado do cargo sob acusação de receber propina para facilitar a fuga de presos.

As rebeliões e as fugas teriam sido motivadas pelo início da transferência de presos para o Presídio São Luís 3, instalado na zona rural de São Luís. De acordo com o governo do estado, a unidade já recebeu cerca de 30 detentos e dispõe de 479 vagas no regime fechado para presos provisórios e sentenciados. Ela funcionará em regime “de segurança e disciplina”, com detectores de metal e equipamento de raio X (similar ao usado em aeroportos). Além disso, não será permitida a entrada de celulares e aparelhos eletrônicos. A medida valerá, inclusive, para funcionários e visitantes.

Para enfrentar a crise no sistema prisional do estado, que se arrasta há mais de dois anos e continuou mesmo com o envio de homens da Força Nacional de Segurança Pública, o governo do Maranhão promete inaugurar cinco unidades prisionais, que totalizarão 2.446 vagas, até o final do ano.

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