Piratas somalis libertam reféns tailandeses após cinco anos de cativeiro

Fonte: Wikinotícias

Agência Brasil

27 de fevereiro de 2015

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Quatro marinheiros tailandeses, mantidos reféns durante cinco anos, por piratas somalis, foram libertados, informaram hoje (27) autoridades da Somália, país localizado no extremo oriente africano, banhado pelo Oceano Índico. O cativeiro dos marinheiros tailandeses foi o mais longo da história da pirataria somali.

“Recuperamos os quatro tailandeses numa região remota” da Somália, disse Omar Sheikh Ali, representante da administração de Galmudugl. Segundo ele, os homens fizeram contato com parentes após a libertação, na última quarta-feira (25). “Falaram com as respetivas famílias por telefone e choraram, choraram e choraram.”

Os quatro homens faziam parte dos 24 tripulantes do cargueiro de pavilhão tailandês FV Prantalay 12, feitos prisioneiros em abril de 2010, quando os piratas assaltaram o navio. Os habitantes de Galkayo, localidade onde estão os serviços administrativos da região de Galmudugl, relataram que um regaste de US$ 150 mil foi pago para libertar os quatro cidadãos tailandeses.

“Eles [piratas] receberam uma enorme quantia”, disse Mohamed Abdi, empresário da região que participou das negociações. Não foi possível, entretanto, confirmar essa informação com fontes oficiais.

Após o assalto, os piratas usaram o navio FV Prantalay para atacar outras embarcações. O navio naufragou em julho de 2011 e a tripulação foi transferida para esta região da Somália, até então desconhecida. Dos 24 membros da tripulação original, seis morreram de doenças durante o cativeiro e 14 marinheiros– todos de Myanmar (antiga Birmânia) – foram libertados em maio de 2011 e repatriados com a ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU).

O fenômeno da pirataria ao largo da costa somali perdeu força nos últimos anos, graças ao trabalho desenvolvido por patrulhas antipirataria destacadas pela comunidade internacional. Atualmente, os piratas somalis mantêm em cativeiro 26 pessoas, um número que fica muito longe dos 736 reféns registados em janeiro de 2011.

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