Pedrinho Matador, um dos maiores assassinos do Brasil, é morto a tiros em São Paulo

Fonte: Wikinotícias

5 de março de 2023

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Pedrinho na prisão em 1991

Pedrinho Matador, um dos maiores assassinos do Brasil - para alguns um assassino em série - foi morto esta manhã em Mogi das Cruzes, São Paulo. Segundo informações da imprensa, ele foi alvejado a tiros na frente de casa, na Rua José Rodrigues da Costa, no bairro Ponte Grande. Ele estava com familiares, incluindo uma tia e uma criança, que estava em seu colo na hora do assassinato e que não se feriu.

O criminoso, que matou mais de 70 pessoas, incluindo o pai, havia sido solto em 2018, após 42 anos de encarceramento. Além do pai, Pedrinho matou inúmeros criminosos nas prisões onde cumpriu pena, denominando-se, muitas vezes, de justiceiro, já que dizia que só matava "pessoas que não prestavam”.

“O crime não é brincadeira. Muitos estão entrando por verem os ganhos, fama e dinheiro, não a raiz, prisão e morte. É como o diabo: dá com uma mão e tira com a outra. Tem muitos jovens que entram e, quando querem sair, já é tarde demais”, disse à Folha de S.Paulo em 2018.

Biografia

Nascido em numa fazenda em Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, ele veio ao mundo com o crânio ferido, resultado de violência doméstica praticada por seu pai, Pedro Rodrigues.

Fugiu de casa aos nove anos de idade e matou pela primeira vez aos onze, um traficante chamado Jorge Galvão, o irmão e cunhado deste. Aos 14 anos matou o vice-prefeito de Alfenas, em Minas Gerais, com uma espingarda que pertencia ao seu avô, em frente à prefeitura da cidade, por este ter demitido seu pai, um guarda escolar.

Pedrinho foi preso em 1973, com 18 anos, após ser condenado a 128 anos de prisão. Aos vinte anos, executou o próprio pai na cadeia onde ambos cumpriam pena depois de ficar sabendo que o genitor havia matado sua mãe com 21 golpes de facão.

Acredita-se que tenha assassinado 48 pessoas, principalmente estupradores, na prisão, e dezenas de outras, ligadas, principalmente ao tráfico de drogas, antes de ser preso.

A especialista brasileira em criminologia Ilana Casoy afirmou que Pedrinho não era um justiceiro, mas um vingador, por matar aqueles que ele considerava ser o de pior na sociedade. Ela também afirmou que ele conseguia exercer fascínio nas pessoas, como reflexo de uma visão distorcida da sociedade, já que só 10% dos homicídios são resolvidos no Brasil. Ainda segundo a criminologista, o problema é que as vítimas de Pedrinho não tiveram direito a um advogado como ele teve.

Os psiquiatras Antonio José Elias Andraus e Norberto Zoner Jr., que o avaliaram em 1982 para um laudo pericial, escreveram que a maior motivação de sua vida era "a afirmação violenta do próprio eu" e o diagnosticaram com "caráter paranóide e anti-socialidade".

Em seu braço esquerdo trazia tatuada a frase "mato por prazer".

Depois de solto, tinha virado celebridade no You Tube, onde tinha um canal.


Referências

Fontes